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Partido Comunista na China proíbe seus membros de celebrarem o Natal

China – Beijing (Quinta-feira, 28-12-2017, Gaudium Press) O Padre Peng Jian Dao, sacerdote da Diocese de Weizhou, China, redigiu um artigo para a agência AsiaNews no qual rejeitou como sem sentido a decisão do Partido Comunista da China de proibir aos seus membros e suas famílias de celebrarem o Natal. A medida foi qualificada como “um cego e estreito populismo, também privado de significado”.

Sacerdote chinês rejeita proibição de membros do Partido Comunista celebrarem o Natal.jpg

“Em um mundo global, o cristianismo se converteu em parte da civilização universal”, recordou o sacerdote. “A Boa Nova de amor e santidade do cristianismo é reconhecida no mundo como misericórdia e ajuda ao próximo”. No entanto, na China, o tempo de Natal é o momento em que ressoam discursos ideológicos que incentivam os cidadãos a “boicotar o Natal” e que afirmam que não é apropriado que os chineses “comemorarem festividades estrangeiras”.

O sacerdote explicou que a fraternidade cristã não deve ser considerada como uma ameaça à cultura chinesa, que valoriza filosoficamente o conceito de benevolência e de compaixão. “A religião cristã influenciou o mundo durante 2000 anos. Até hoje há 2,3 bilhões de pessoas no mundo que acreditam”, indicou o presbítero. “Muitas dinastias e impérios tentaram eliminá-la, mas nenhum conseguiu”. Seu sucesso não é apenas sua promoção do homem, mas o fato de que o leva a ir além do homem.

“Dizer que se projetou até o homem, significa que isto conduz o homem a descobrir sua verdadeira natureza; dizer que vai além, significa que o cristianismo pode mudar o coração de uma pessoa e enriquecer sua vida espiritual, especialmente sobre o ensino de Cristo de amar o inimigo”, afirmou. A rejeição da vingança na doutrina de Cristo nos permite superar a cultura do ódio e da hostilidade, responsável por um mundo cheio de guerras. O Natal é “uma celebração pacífica comandada pela família” e sua mensagem deve ser valorizada mesmo por não fiéis. “A resistência e a oposição não são apenas um populismo cego e estreito, mas também estão privadas de significado”. (EPC)

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