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Chile prepara visita do Papa destacando a coesão social

Cidade do Vaticano (Quinta-feira, 04-01-2017, Gaudium Press) “Com muita esperança e grande alegria”, os chilenos preparam-se para a visita do Papa. A afirmação é do Pe. Felipe Herrera, porta-voz da Comissão preparatória da viagem.

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O programa oficial da viagem acaba de ser anunciado pela Sala de Imprensa da Santa Sé. Entre os dias 15 e 18 deste mês de janeiro, quando calcula-se que mais de 1.200.000 chilenos estarão recebendo e acompanhando o Papa Francisco em Santiago, Temuco, e Iquique.

Estão sendo aguardadas também pessoas vindas da Argentina, Bolívia, Brasil e até do Peru, país que o Papa visitará em seguida e que residem em regiões próximas à fronteira chilena e distante dos locais onde estará o Papa na visita a terras peruanas.

Segundo Padre Filipe Herrera, além do entusiasmo, prevalece no país a vontade de viver esta viagem como uma oportunidade a fim de contribuir para sanar as feridas da sociedade, sobretudo na direção de uma maior justiça social e uma convivência mais harmoniosa entre diferentes classes e etnias, com a integração dos imigrados, no respeito pelos recursos naturais.

Conotação Social

O porta-voz explica que por isso a Visita Pastoral terá acentuada conotação social num país que, segundo ele, “talvez como nenhum outro”, é recordista em receber imigrantes e refugiados da Venezuela, além de receber também imigrantes da Bolívia e Peru, do Haiti e da República Dominicana.

Para o Padre Felipe, ” Durante a visita serão também focados temas como a defesa dos povos autóctones (em particular em Temuco) e o respeito pela Terra, nossa casa comum. “

Ainda existe a necessidade de um “novo encontro” devido também a profunda “fratura social” na nação mais desigual da América Latina, que enfrenta inclusive uma inédita “crise de confiança nas instituições” e uma forte secularização, afirma o porta-voz da Comissão preparatória da viagem, que acrescenta: são todos “grandes desafios” para os quais a Igreja chilena olha como “enormes oportunidades”.

Padre Felipe diz também que com a confirmação da próxima viagem de Francisco, alguns grupos beligerantes minoritários do povo mapuche elevaram a voz em repúdio à Igreja, devido a um conflito secular com o Estado por causa de suas terras. Essa minoria considera a Igreja “cúmplice” e, por isso, em 2016 incendiaram 19 igrejas.

A este propósito, apenas poucos ativistas, com apoio internacional, se opuseram à visita do Papa. Estes, disse Padre Felipe Herrera, “querem resolver reclames legítimos com a estratégia equivocada, ou seja, o terrorismo”.

Mapuches e Jovens

Contudo, Pe. Felipe enfatiza que não há problemas com o povo mapuche, em seu conjunto.
E a prova disso, é que no início da missa em Temuco, propriamente na terra deles, Araucania, 23 mapuches de várias comunidades oferecerão orações diante do altar.

O porta-voz ressalta que quanto a desafeição juvenil é outra preocupação da Igreja, mas muitos jovens estão participando da preparação da visita papal como voluntários e, em particular, na difusão das mensagens.

Organização e finanças

Padre Felipe afirma que a organização da visita Pastoral do Papa Francisco prossegue num bom ritmo. Foi feito um grande esforço no sentido de garantir uma gestão financeira e ambiental transparente, que silenciou as polêmicas iniciais “feitas por grupos interessados” no custo da viagem, ademais, não maior do que as análogas visitas apostólicas. Tudo estará pronto dentro em breve “para uma grande festa da fé”, conclui o porta-voz. (JSG)

 

(Da Redação Gaudium Press, com informações FIDES)

 

 

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