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Arquidiocese do México diz que eutanásia, morte doce e assassinato são delitos imorais

Cidade do México – México (Quarta-feira, 10-01-2018, Gaudium Press) O Sistema Informativo da Arquidiocese do México (SIAME) publicou um Guia sobre a posição da Igreja em relação à denominada “morte doce”.
O Guia recorda que “a vida é um dom de Deus e só Ele tem o poder para dá-la ou tirá-la”.

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O católico pode ser a favor da eutanásia?

O conteúdo do Guia e da Reflexão do SIAME está dentro do contexto da aprovação da eutanásia na Constituição da Cidade do México ainda em janeiro de 2017, quando foi aprovada uma proposta legislativa de autoria do deputado Jesús Ortega, que pertence ao Partido da Revolução Democrática.

“A Sagrada Escritura é clara ao assinalar que a vida é um dom de Deus e só Ele tem o poder para dá-la ou tirá-la.
Sob esta ideia, toda pessoa, instituição ou governo devem fazer todo o possível para ajudar a conservar a própria vida e a dos demais”, destaca o boletim informativo da Arquidiocese Mexicana que continua afirmando que por isso, “não é possível que nenhuma pessoa, instituição ou governo considere que tem direito de tirar a vida de outra pessoa”.

E ainda questiona: “O que seria da humanidade se alguém se atrevesse a dizer quem deve viver e quem não deve?”.

Quando morre uma pessoa?

Hoje em dia, “considera-se que a pessoa morreu quando é declarada a morte cerebral. Quando isso acontece, embora os órgãos do corpo continuem funcionando, considera-se que a pessoa já morreu”, esclarece o informativo arquidiocesano que continua sua explicação esclarecedora:

“Nestes casos, é apropriada a doação de órgãos para ajudar a fim de que outros continuem vivendo”.
Entretanto, advertiu, “enquanto o cérebro seguir funcionando, considera-se que a pessoa se mantém viva, apesar de ter perdido a motricidade (movimento), sensibilidade, coincidência e capacidade de comunicação”.

E é por isso, recorda, que “A Igreja pede que se façam todos os esforços possíveis para ajudar a que a pessoa se mantenha com vida”.

Com dor, não vale a pena viver…

O Guia do SIAME indicou que hoje, “nas decisões para conservar ou tirar a vida o tema da dor e do sofrimento tem muita influência: tudo conduz a acreditar no pensamento de que “com dor não vale a pena viver”.

Não se tem dúvida de que, destaca, “Isto reflete o pensamento de uma sociedade na qual só são bem vistos o conforto e o prazer; na qual a dor e o sofrimento parecem não ter lugar”.

Qual a medida da dor?

Aqui cabe mais uma pergunta, aliás, feita pelo SIAME:

“Qual seria a medida da dor? Até onde se poderia ou teria que suportar? O que dói mais, a dor física ou a dor moral? “
“Nesse sentido, a Sagrada Escritura e a Igreja ensinam que a dor e o sofrimento são parte da própria vida e podem ter um sentido redentor”.

“Deixar morrer” e Assassinato

“Se a ciência dita que uma pessoa está viva e deixa de administrar-lhe a ajuda necessária para que continue vivendo, no fundo está se cometendo o delito do assassinato, embora o disfarce de ‘não se estar matando, mas deixando a pessoa morrer'”, continua o informativo da Arquidiocese do México que sublinha: “Isso seria comparável a deixar um bebê morrer de fome, o qual ainda não é capaz de obter o alimento por si mesmo, e depois alegar que não o matou, mas que o pequeno morreu por sua culpa ou desejo”.

“É inconcebível e claramente imoral, que a Constituinte tenha tornado direito o que na verdade é um delito”, conclui o SIAME, com segurança.

(JSG)

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