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Como é a prática do jejum e abstinência?

Redação (Quarta-feira, 14-02-2018, Gaudium Press) Com a Quarta-Feira de Cinzas se inicia para a Igreja um tempo especial de jejum, oração, penitência e obras de caridade, que ajudarão a preparar a comemoração do acontecimento central da História da Salvação: a Ressurreição de Nosso Senhor, que será celebrada no Domingo de Páscoa.

Neste tempo de 40 dias que antecede a Páscoa do Senhor os fiéis cristãos são chamados a aumentar os sacrifícios, especialmente a prática do jejum e da abstinência. Do que se trata?

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O Código de Direito Canônico no número 1249 diz que “todos os fiéis, cada um a seu modo, estão obrigados pela lei divina a fazer penitência”, e que, “para que todos se unam em uma prática comum de penitência, foram fixados alguns dias penitenciais, nos quais os fiéis se dedicam de maneira especial à oração, realizam obras de piedade e de caridade e se negam a si mesmos, cumprindo com maior fidelidade suas próprias obrigações e, sobretudo, observando o jejum e a abstinência”.

Em relação à observância destas práticas de penitência, o Código de Direito Canônico explica que na Igreja Universal são dias penitenciais todas as sextas-feiras do ano e o tempo da Quaresma. “Toda sexta-feira, a menos que coincida com uma solenidade, deve se guardar a abstinência de carne, ou de outro alimento que tenha sido determinado pela Conferência Episcopal; jejum e abstinência serão guardados na Quarta-Feira de Cinzas e na Sexta-Feira Santa”, indica o número 1251.

Também se explica que a abstinência é obrigatória para os maiores de 14 anos; e o jejum, para os maiores com idade até aos 59 anos de idade; e se pede aos “pastores de almas”, assim como aos pais de família, que se eduque aos menores -que ainda não alcançaram a idade para as práticas do jejum e da abstinência- “em um autêntico espírito de penitência”.

Da mesma forma, as práticas penitenciais para a Quaresma, especialmente o jejum, não são obrigatórias para os enfermos, grávidas e alguns trabalhadores, que podem ser substituídos por outro tipo de penitência ou ato de caridade. Conforme indicado no número 1253 do Código de Direito Canônico: “A Conferência Episcopal pode determinar com mais detalhes o modo de observar o jejum e a abstinência, assim como substituí-los em todo ou em parte, por outras formas de penitência, especialmente por obras de caridade e práticas de piedade”.

Mas a Quaresma é antes de tudo um chamado particular à conversão, por isso que neste tempo se convida a viver a penitência interior da qual fala o Catecismo da Igreja Católica no número 1430: “O chamado de Jesus à conversão e à penitência não olha, em primeiro lugar, para as obras exteriores ‘o saco e as cinzas’, os jejuns e as mortificações, mas à conversão do coração, a penitência interior. Sem ela, as obras de penitência permanecem estéreis e enganosas; pelo contrário, a conversão interior encoraja a expressão desta atitude por meio de sinais visíveis, gestos e obras penitenciais”.

“A penitência interna é uma reorientação radical de toda a vida, um retorno, uma conversão a Deus com todo o nosso coração, uma ruptura do pecado, uma aversão ao mal, com repugnância em relação às más ações que cometemos. Ao mesmo tempo, compreende o desejo e a resolução de mudar de vida com a esperança da misericórdia divina e a confiança na ajuda de sua graça”, continua o Catecismo. (EPC)

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