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Sacerdotes chineses são obrigados a anunciar a proibição de entrada de crianças nos templos

China – Beijing (Sexta-feira, 16-02-2018, Gaudium Press) Segundo um relatório de um sacerdote anônimo da região de Hebei, na China, autoridades contactaram diferentes paróquias para ordenar-lhes a instalação de anúncios em que se proíbe a entrada de menores de idade em edifícios religiosos, junto com a ameaça de suspender o uso dos templos se a ordem não for acatada. A proibição faz parte da implementação dos novos regulamentos sobre temas religiosos que entraram em vigor no dia 1º de fevereiro.

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Um comentarista citado pela agência UCANews criticou a medida que faz com que “os edifícios religiosos sejam o terceiro tipo de lugares, depois das casas noturnas e os bares de internet, onde os menores não podem entrar por ordem das autoridades”. A informação foi confirmada por vários fiéis que puderam ver os anúncios em várias igrejas de Xinjiang.

Em teoria, a proibição não seria legal de acordo com as regras da China que reconhecem a liberdade de religião e proíbem a discriminação contra menores por causa de seus credo. “Quando os menores entram nos bares de Internet, o governo e a polícia fazem vistas grossas”, denunciou o comentarista. “No entanto, eles estão se tornando muito rigorosos na proibição que os menores entrem em lugares religiosos. É ridículo”.

Um sacerdote da região de Henan disse à UCANews que os novos regulamentos podem ser aplicados de maneira distinta nas diferentes localidades e que ele, em particular, mantêm conversas com a Administração Estatal de Assuntos Religiosos para tratar de proteger sua ação pastoral e o bem-estar de seus fiéis e colaboradores. “Todos os lugares religiosos devem ser registrados, não se pode desenvolver atividades religiosas fora desses lugares”, comentou, “os sacerdotes não registrados são proibidos de celebrar liturgias religiosas e os membros do partido e os menores de idade são proibidos de entrar em um templo. O espaço vital para a Igreja está se tornando cada vez menor”.

Fontes da Igreja subterrânea indicaram que as celebrações clandestinas terão que ser realizadas de forma absolutamente discreta, de forma que as autoridades nem sequer saibam sobre elas. “Alguns podem dizer que, se as relações entre a Igreja e os agentes da lei são boas, a Igreja pode receber tratamento indulgente”, declarou um sacerdote. “Mas isto só é enganar-se a si mesmo. Quando o governo central exige uma aplicação rigorosa, as autoridades locais a reforçarão de forma mais estrita”. (EPC)

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