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“Mensagem de Fátima é verdadeira pedagogia para Vivência da Quaresma”, diz Reitor do Santuário de Fátima

Fátima -Portugal (Segunda-feira, 19-02-2018, Gaudium Press) Na Basílica da Santíssima Trindade, o reitor do Santuário de Fátima, padre Carlos Cabecinhas, apresentou em homilia neste primeiro domingo da Quaresma, 18/02, reflexões que levam à conclusão de que o período de 40 dias de preparação para a Páscoa é um tempo de conversão, que deve ser vivido em oração mais intensa, em penitência e numa maior atenção aos outros e às suas necessidades.
Para ele, a Mensagem de Fátima apresenta-se como uma verdadeira pedagogia para a vivência da Quaresma como tempo de conversão”.

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Em sua homilia, o pregador partiu do relato das tentações de Jesus no deserto, proposto pela Liturgia para o primeiro domingo do tempo quaresmal. Caminhando dentro dos ensinamentos do Evangelho do dia, o sacerdote disse que “viver a Quaresma é imitar o modelo de esforço e conversão de Jesus, na sua ida para o deserto para orar, jejuar, combater e vencer a tentação.”
Deserto, 40 dias, Tentação

O reitor do Santuário apresentou uma análise simbólica de cada um dos três elementos presentes na narração do evangelista: o deserto, os 40 dias e a tentação.

Em relação ao deserto, ele recordou que no mundo bíblico, este “era o local do encontro íntimo e intenso com Deus, porque foi ali que Ele fez a Aliança com o seu povo”. E, então, o pregador concluiu que, também nós, na Quaresma, somos convidados a “parar para escutar Deus, através da sua Palavra e da oração”.

O deserto nas Sagradas Escrituras, é o “lugar de encontro com Deus”, mas ele foi também “lugar de tentação”. Foi lá que “o povo foi tentado e sucumbiu à tentação, murmurando contra Deus, fazendo ídolos e prestando-lhes culto”, lembrou o reitor para, logo acrescentar que “Indo para o deserto, Jesus assume as nossas próprias tentações, fragilidades, desvios e os nossos esquecimentos de Deus, assume-os para nos transformar, para os salvar. Se a Quaresma é imitar Jesus no deserto, então somos convidados a assumir a atitude de Jesus que vence a tentação, que supera a própria fragilidade e que se deixa conduzir e guiar pela mão de Deus.”

Os 40 dias

Para tratar dos 40 dias, terceiro elemento que traz a narração de São Marcos, o padre Cabecinhas começou por estabelecer uma relação simbólica deste período com vários momentos do Antigo Testamento:

Os 40 anos de peregrinação do povo de Deus, pelo deserto, a caminho da Terra Prometida; os 40 dias que Moisés esteve no Sinai, em jejum e oração, na presença do Senhor e concluiu que: “os 40 dias da Quaresma também nos remetem para um período de empenhamento e esforço que nos conduz a Deus”.

Recordar o Batismo

Lembrando em sua homilia da segunda leitura do dia, quando São Pedro compara o Batismo cristão com o dilúvio, nos tempos de Noé, como acontecimento de salvação, o sacerdote relacionou a conversão com o Batismo e apresentou a Quaresma como “uma ferta do Senhor para renovar os compromissos batismais e procurar a comunhão com Deus, indo à raiz da nossa relação com Ele.”

Para o Reitor do Santuário de Fátima, “Falar de conversão só tem sentido para nós, que fomos batizados, e que nem sempre conseguimos viver com esta nossa condição. Este tempo da Quaresma convida-nos a recordar e a procurar a brancura original do ser batizado, limpando a sujidade que a vida foi imprimindo na veste batismal. “

Foi, então que Padre Carlos Cabecinhas convidou a assembleia a seguir o modelo que Jesus nos indicou e que a Tradição da Igreja apresenta para a vivência da Quaresma, como tempo de conversão:

A oração mais intensa e a escuta mais frequente da Palavra de Deus; as práticas penitenciais, como sinal do desejo de conversão, como o jejum e a abstinência das sextas-feiras; e uma renovada atenção aos outros e às suas necessidades.

Relação com Fátima

“Também a Mensagem de Fátima, com o seu veemente apelo à conversão, nos conduz a uma vivência séria e intensa deste tempo quaresmal. Com o convite a dar a Deus o primeiro lugar nas nossas vidas e a conduzir a nossa vida pela sua vontade, com o apelo insistente à oração, a fazermos sacrifícios e a amarmos os irmãos, a Mensagem de Fátima apresenta-se-nos como uma verdadeira pedagogia para a vivência da Quaresma como tempo de conversão”, concluiu o reitor do Santuário de Fátima, Padre Carlos Cabecinhas. (JSG)

(Da Redação Gaudium Press, com informações Pagina Oficial Santuário de Fátima)

 

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