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Relatório destaca 2017 como o pior ano para os cristãos na Índia

Índia – Bhubaneswar (Quinta-feira, 22-02-2018, Gaudium Press) Segundo Relatório Anual sobre Crimes de Ódio contra Cristãos em 2017, o ano anterior foi classificado como “um dos mais traumáticos para a comunidade cristã na Índia desde a violência em massa dirigida do Pogrom de Kandhamal em 2007 e 2008”. O relatório relata inúmeros atos de violência, impunidade anticristã e falta de ação por parte das autoridades para deter as hostilidades e fazer justiça aos responsáveis.

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O relatório, elaborado pela Comissão de Liberdade Religiosa da ‘Evangelical Fellowship of India’ (EFIRLC), recolhe “ao menos 351 casos de violência (sucedidos) em 2017”, que “de forma alguma é uma compilação exaustiva porque se baseia em denúncias voluntárias e investigações da sociedade civil”, segundo informou a AsiaNews. “A maior parte dos casos não são reportados, seja porque a vítima está aterrorizada, seja porque a polícia -particularmente nos estados do nordeste- faz vistas grossas ou se recusa a registrar o relatório obrigatório de Primeira Informação”.

“O governo da Índia admitiu no Parlamento que a ‘violência sectária’ -termo usado para definir os confrontos entre os grupos religiosos- aumentou 28% nos últimos três anos”, recordou o relatório. “Os dados não agregados não estão disponíveis e, nos povos o sistema de justiça criminal ignora ou viola as disposições da lei”. Os estados com maior número de casos relatados são Tamil Nadu, com 52 casos de violência, Uttar Pradesh (50), Chhattisgarh (43), Maharashtra (38) e Madhya Pradesh (36).

Como um dos aspectos lamentáveis da situação atual é a seleção de datas significativas para os fiéis como uma oportunidade de violência. “Estão aumentando os episódios de ataques à igrejas aos domingos ou durante importantes festividades religiosas, como o Domingo de Ramos, a Sexta-feira Santa, a Páscoa e o Natal”, afirmou Vijayesh Lal, Secretário-Geral da EFI. “As crianças cristãs são detidas enquanto estão indo para acampamentos espirituais e são detidas por vários dias com a suspeita de que são convertidas à força. (…) Tudo isso deve terminar, os governos estatais e da União devem ir além da adesão de fachada e sustentar os direitos fundamentais, em particular o direito à liberdade de religião ou culto”. (EPC)

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