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Autoridades religiosas cristãs na Terra Santa rejeitam proposta de imposto a propriedades eclesiásticas

Jerusalém – Israel (Sexta-feira, 23-02-2018, Gaudium Press) Através de uma declaração conjunta, os Patriarcas e Prelados da Terra Santa rejeitaram a recente proposta do Município de Jerusalém de incluir as propriedades religiosas nos impostos anuais sobre a posse de terras e edifícios. A controvérsia sobre os impostos se converte em um novo capítulo de tensões entre as comunidades cristãs e a administração civil como resultado de várias violações ao ‘status quo’ que rege a convivência entre as comunidades na cidade santa.

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“Após a declaração do Município de Jerusalém afirmando que as Igrejas em Jerusalém devem pagar os impostos municipais (conhecidos como Arnona), nós, os Chefes das Igrejas em Jerusalém, declaramos que tal declaração é contrária à posição histórica entre as Igrejas dentro da Cidade Santa de Jerusalém e as autoridades civis ao longo dos séculos”, indicaram os prelados. “As autoridades civis sempre reconheceram e respeitaram a grande contribuição das Igrejas cristãs, que investem milhões na construção de escolas, hospitais e casas, muitos para idosos e desfavorecidos, na Terra Santa”.

Os prelados alertaram que a proposta de incluir edifícios religiosos nos impostos municipais “prejudica o caráter sagrado de Jerusalém e põe em perigo a capacidade da Igreja de realizar o seu ministério nesta terra em nome de suas comunidades e a Igreja ao redor do mundo”. Por esta razão, “solicitamos ao Município que retrate sua declaração e assegure que o ‘status quo’ que foi sancionado pela história sagrada, e que não se viole o caráter da Cidade Santa de Jerusalém”.

Os Patriarcas e prelados já haviam se pronunciado de maneira conjunta sobre um projeto de lei anterior que buscava limitar os direitos das igrejas sobre as propriedades em Jerusalém. A proposta foi criticada como “uma tentativa sistemática de minar a integridade da Cidade Santa”, depois que a Corte do Distrito de Jerusalém decidiu em favor de uma associação israelense que adquiriu dois hotéis de maneira anônima no meio dos bairros armênio e cristão, o que causou uma forte controvérsia. Em sua declaração atual, cuja semelhança recorda este antecedente, os Patriarcas e prelados reafirmaram que “estamos firmes e unidos em nossa posição para defender nossa presença e propriedades”. (EPC)

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