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Símbolos cristãos são demolidos de templos na China

China – Yining (Quinta-feira, 08-03-2018, Gaudium Press) As imagens de antes e depois do Templo de Yining, em Xinjiang, na China, desencadearam uma forte comoção nas redes sociais locais. Segundo informou a agência de notícias AsiaNews, os comentários mais frequentes sobre a notícia falam do retorno de uma reeditada “Revolução Cultural”. Sob este nome, na segunda metade do século XX, ocorreu a mais violenta perseguição da Igreja no país.

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A demolição das imagens religiosas das cúpulas e da cruz que coroavam o templo recorda a onda de demolições já registrada na China recentemente e foi destacada em momentos em que novas normas foram aplicadas em questões religiosas que impõem maiores restrições à liberdade religiosa dos fiéis do país. A aparência final do templo trouxe à memória os fatos da Revolução Cultural, quando as autoridades destruíram templos, livros de oração, imagens, obras de arte sacra e qualquer tipo de manifestação religiosa na tentativa de instaurar o ateísmo.

As novas proibições ao culto privado também recordam fatos anteriores da Revolução Cultural. As ameaças atuais da polícia, que reagem com prisões às pessoas que estejam rezando juntas em uma casa e a possibilidade de serem obrigadas a sofrer um processo de reeducação se convertem em um inegável paralelo com o envio de milhares de fiéis a campos de reeducação e trabalhos forçados na segunda metade do século XX.

De fato, as novas normas sobre atividades religiosas impõem novas limitações para o culto divino o qual deve ser desenvolvido nos templos e nos horários estabelecidos pelas autoridades. Os locais onde as atividades religiosas são desenvolvidas de maneira ilegal podem ser expropriados e os fiéis podem ser sujeitos a prisão e multas. Os templos que sofreram a demolição dos símbolos religiosos não pertencem à chamada “igreja subterrânea”, mas foram oficialmente registrados e operam com todas as permissões estatais.

O argumento central dos ataques à liberdade religiosa é agora o da “chinização”, quer dizer, o processo de “fazer chinesa” a Igreja. Para as autoridades, isto significa a aceitação dos princípios de independência em relação à Santa Sé, a auto-seleção e auto-nomeação dos Bispos, a possibilidade de concelebração com bispos ilegítimos e a aceitação das novas normas sobre atividades religiosas.(EPC)

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