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Fátima não foi uma invenção da Igreja, diz capelão do Santuário

Fátima – Portugal (Quarta-feira, 14-02-2018, Gaudium Press) O capelão do Santuário de Fátima, Portugal, Pe. João Paulo Quelhas, em exposição realizada no Santuário, dentro do ciclo “Encontros na Basílica”, tratou do “reconhecimento eclesial das Aparições de Fátima”.

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O Sacerdote afirmou que Fátima não foi uma invenção da Igreja, que durante muito tempo adotou uma atitude “passiva e expectante” em relação às Aparições, disse.

Padre João Paulo pertence à diocese de Beja, é doutorado em Teologia Dogmática, e se encontra atualmente em Fátima.
Em sua palestra, o sacerdote percorreu toda a cronologia e os documentos publicados no período que medeia as Aparições e a publicação da primeira Carta Pastoral sobre o culto de Nossa Senhora de Fátima, assinada por D. José Alves Correia da Silva, a 13 de outubro de 1930.

A cronologia do interesse por Fátima

As Aparições de Fátima haviam ocorrido três anos antes de D. José Alves Correia da Silva entrar na Diocese como primeiro bispo da Diocese restaurada.

Os documentos existentes revelam que não houve interesse imediato pelo assunto, mas ele foi aos poucos tomando algumas iniciativas, porém, indiciadoras das convicções mais pessoais e íntimas de Dom Jose Alves, ressalvou o sacerdote.

Prudência da Igreja

Segundo o Pe. João Paulo, a prudência usada pela Igreja contrastou num primeiro momento com o fervor e a “teimosia da fé”, de milhares de pessoas que anualmente peregrinavam à Cova da Iria, como noticiou a imprensa da época.

Para o sacerdote, o reconhecimento eclesial das Aparições “foi progressivo” e manifestou-se através de alguns atos como visitas, correspondência trocada entre prelados e até entre o Núncio Apostólico em Portugal e a Santa Sé e culminou com a nomeação de uma comissão canónica para averiguação dos fatos e só depois se declarou as Aparições dignas de crédito.

A partir daí, permitiu-se oficialmente o culto de Nossa Senhora de Fátima , centrado numa Mensagem que, cada vez mais, era reconhecida como dirigida ao mundo inteiro.
Uma mensagem que, para o sacerdote, nos remete para o Amor e a Misericórdia de Deus.

Mensagem de Fátima

“A mensagem específica das aparições comprova que Deus, na sua misericórdia, através da mãe do seu filho, vai levantando os corações e avivando a sua fé, evitando que a sua ira se abata sobre o mundo”, porque a sua bondade “é maior” do que os pecados cometidos pelos homens, destaca o Padre João Paulo, para concluir.

Próximo “Encontro na Basílica”

O próximo “Encontro na Basílica” será no dia 3 de junho com palestra de André Pereira, na qual ele tratará da temática: “Graça e Misericórdia: as aparições de Pontevedra e Tuy”. (JSG)

 

(Da Redação Gaudium Press, com informações Santuário de Fátima – www.fatima.pt/pt)

 

 

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