Papa recebeu em audiência bispos do Paquistão
Cidade do Vaticano (Sexta-feira, 16-03-2018, Gaudium Press) Tendo à frente o arcebispo Joseph Arshad, da Arquidiocese de Islamabad-Rawalpindi, e também presidente da Conferência Episcopal do Paquistão, os bispos deste país asiático fazem sua visita ad Limina.
Eles foram recebidos pela Papa Francisco em uma Audiência “muito amigável”, como se fosse “uma família que fala dos próprios problemas”, disse o arcebispo.
E os problemas tratados eram muitos: discriminações, acusações de blasfêmia, perseguições.
Mas, a par disso, tratou-se da Fé profunda deste país onde os cristãos representam apenas 2% dos mais de 185 milhões de habitantes que em sua maioria são muçulmanos.
Discriminação, “blasfêmia” e Asia Bibi
Dom Arshad afirmou no encontro que, a propósito das “discriminações em nível social”, elas são marginalizações que dizem respeito tanto a cristãos como a não cristãos.
Sobre as acusações de blasfêmia, o arcebispo afirmou que elas não são somente contra os cristãos, mas uma realidade que atinge também aqueles que participam da realidade religiosa majoritária no país.
O caso de Asia Bibi foi proeminente e correu mundo, além do que ela já se encontra presa há mais de 3 mil dias acusada de uma suposta ofensa à fé islâmica.
Em 24 de fevereiro, o Papa Francisco encontrou-se com o marido e a filha dela.
Preocupação pelas minorias
Dom Arshad afirmou que é constante o pensamento do Papa pelos cristãos no Paquistão.
Poucos atrás foi o sétimo aniversário da morte de Shahbaz Bhatti, Ministro para as Minorias, assassinado em 2 de março de 2o11 por um extremista islâmico.
E, exatamente na hora da visita, as agências noticiosas internacionais divulgavam a notícia de que a Alta Corte de Islamabad confirmou a obrigação para todos os cidadãos do país, de comunicarem a religião à qual pertencem quando da solicitação de documentos de identidade.
Passo em frente por parte do governo
O arcebispo Joseph Arshad quer porém recordar também os “passos em frente” dados pelo governo em relação ao tema da lei sobre a blasfêmia.
Nesta perspectiva, o prelado não escondeu que “se as circunstâncias o permitissem”, agradaria aos bispos que o Pontífice os encontrasse no Paquistão, fazendo, então o convite para que Francisco os visitasse. (JSG)
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