“Crucifixo não é objeto decorativo”, diz Papa, no Angelus

Cidade do Vaticano (Segunda-feira, 19-03-2018, Gaudium Press) “O Crucifixo não é um objeto decorativo ou um acessório de vestuário, -quantas vezes com abusos- mas um sinal religioso para ser contemplado e compreendido”. Esta afirmação foi feita pelo Papa Francisco aos fiéis e peregrinos reunidos na Praça São Pedro para a Audiência Geral do domingo, quando da recitação do Angelus.

Da janela dos aposentos pontifícios, o Papa questionou os milhares de fiéis que se encontravam na Praça a propósito do modo como olham para o crucifixo: como uma “obra de arte” ou como símbolo do “mistério do Deus aniquilado, até à morte, como um escravo, como um criminoso”?

Ver o Crucifixo por dentro

Disse Francisco, recomendando que se deve “Olhar o crucifixo, mas vendo-o por dentro” e ainda convidou os presentes a retomar a devoção de rezar “um Pai-nosso por cada uma das cinco chagas”, diante do crucifixo, e a aprender a “grande sabedoria da cruz”, numa contemplação que ajuda a “chegar ao coração”, ao “íntimo da pessoa” de Jesus Cristo.

A cruz e a Gloria de Deus

O Papa Francisco frisou a importância de “olhar para a cruz”, pois, nela revela-se a “glória” de Deus:
“Na imagem de Jesus crucificado desvela-se o mistério da morte do Filho de Deus como supremo ato de amor, fonte de vida e de salvação para a humanidade de todos os tempos”, relembrou o Pontífice.

Francisco ainda destacou a morte de Jesus como sendo um “ato de fecundidade” para que a humanidade pudesse ficar liberta da “escravidão do pecado”.

“O que significa perder a vida? Significa pensar menos em si mesmo, nos interesses pessoais, e saber ver, ir ao encontro das necessidades dos nossos próximos, especialmente dos últimos”, explicou, antes de encerrar suas palavras. (JSG)