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Cardeal Sergio da Rocha encontra-se com o Papa no Vaticano

Redação (Terça-feira, 10-04-2018, Gaudium Press) No Vaticano, o Cardeal Sergio da Rocha, Arcebispo de Brasília e presidente da CNBB, teve um encontro com o Papa Francisco, na última sexta-feira, 6 de abril.

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Após a reunião com o Pontífice, o purpurado, em entrevista ao Vatican News, declarou ser “uma grande alegria encontrar com o Papa Francisco”. “Ele sempre nos recebe de maneira muito carinhosa, com muita generosidade e demonstra um amor imenso pelo Brasil, pela Igreja no Brasil, pelo povo brasileiro. Então, é sempre bom demais estar com ele e eu dei a ele o abraço e a oração do nosso povo, da nossa Igreja e do nosso episcopado. E por isso, eu agradeço muito a Deus e ao Papa Francisco de ter tido a oportunidade de uma conversa com ele um pouco mais demorada, mesmo que em outros momentos que eu participo tenho tido a graça de um contato com ele”, contou.

O cardeal afirmou que podia resumir a conversa com o Papa a respeito da missão da Igreja em três pontos: “O primeiro, a necessidade de ir em frente. De continuar, sempre mais e, de modo mais fiel possível, a missão da Igreja, isto é, diante dos desafios, das dificuldades, nós não podemos desanimar, pelo contrário, temos de ir em frente. Eu creio que este avançar, procurando ser o mais fiel à missão da Igreja é um primeiro aspecto. Perseverar, avançar, ser fiel”.

O segundo aspecto da conversa, segundo Dom Sergio foi “caminhar unidos”. “Nós precisamos estar muito unidos para poder superar os desafios pastorais e outros problemas da realidade brasileira. Então, caminhar juntos, claro que primeiramente na oração, mas caminhar juntos como Igreja, isto é, assumindo juntos a missão da Igreja, muito unidos ao próprio Papa Francisco, unidos com os bispos do Brasil. Então, em breve, vamos ter a nossa assembleia geral dos bispos do Brasil, que é uma ocasião para fortalecer essa unidade que temos vivido. Unidos na vida e na missão. Unidos na oração, na vida e na missão”, disse.

Já o terceiro ponto teve como assunto a esperança: “porque nós caminhamos unidos, mas não simplesmente como um grupo de amigos, mas caminhamos unidos pela fé. Pela fé que nós temos em Cristo. Estamos no Tempo da Páscoa. Então, nós queremos caminhar unidos pela fé em Cristo, mas justamente porque cremos nEle, sabemos que Ele é o Senhor da Igreja, nós colocamos nEle, a nossa esperança. Somos gente de esperança”, explicou.

Sobre o tema central da 56ª Assembleia Geral da CNBB, que tem início na quarta-feira, 11 de abril, em Aparecida, São Paulo, o purpurado ressaltou que o desafio da formação é imenso. “Nós temos que, como Igreja, crescer, avançar na formação dos futuros presbíteros e dos atuais. Aqui que estão dois aspectos que tem que ser considerados permanentemente. Houve um tempo que quando se falava que formação sacerdotal se pensava apenas nos futuros presbíteros, isto é, na formação que se oferece nos seminários. E a verdade que essa formação que é fornecida nos seminários tem que merecer uma atenção cada vez maior, temos que aprimorar, que ampliar, mas o desafio que se coloca hoje é a chamada formação permanente dos presbíteros”, observou.

“A Igreja tem trabalhado com vários aspectos da formação. Quando nós falamos de formação integral é porque não falamos apenas dos estudos. Tem gente que pensa, às vezes, na formação dos estudos. É claro que eles merecem uma atenção na formação dos presbíteros, mas não bastam os estudos. Eles são importantíssimos, mas temos a formação humano-afetiva, formação espiritual, formação comunitária, formação pastoral. São os vários aspectos da formação que nos seminários, nós estamos trabalhando cada vez mais, mas depois de ordenados é preciso cultivar”.

O Sínodo dos Jovens também foi um dos temas abordados Dom Sergio da Rocha, que aliás, é o Relator Geral do evento.

“Mais uma vez, o Papa Francisco insistiu, com razão, na importância de ouvir os jovens. Não o simples escutar, mas o procurar acolher os seus anseios, suas preocupações, suas angustias e também suas propostas. E acolher a pluralidade da juventude. Juventude no plural, isto é, considerar os vários rostos dos jovens. Às vezes, há o risco de ficar apenas com um determinado tipo de jovem, quando na sociedade, nós temos vários. Por que isso? Porque queremos que todos sejam os mesmos discípulos e discípulas de Jesus, como jovens, mas também como missionários e missionárias como jovens”. (LMI)

Da redação Gaudium Press, com informações da CNBB

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