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Sacerdote dominicano diz que os exorcismos estão demorando mais hoje em dia

Itália – Roma (Sexta-feira, 27-04-2018, Gaudium Press) O Padre Francois Dermine, é um dominicano que há cerca de 25 anos exerce o ministério exorcístico. Atualmente serve como exorcista da Diocese de Ancona-Osimo. O sacerdote, teólogo moral e professor de teologia, participou como palestrante do recente curso de exorcismo e oração de libertação realizado no Pontifício Ateneo Regina Apostolorum, em Roma, de 16 a 21 de abril. Foi no marco desse curso, onde o Padre Dermine fez uma declaração surpreendente, e é a de que hoje os exorcismos estão durando mais tempo do que duravam em um passado recente.

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Agora as sessões em média devem ser mais longas, ou pode ser que se requeiram múltiplas sessões quando antes só se requeria uma. “Uma bênção era suficiente: uma bênção de uma hora, duas horas, três horas, seis horas, mas uma bênção era suficiente para libertar uma pessoa de uma possessão. Mas agora é diferente. Está se tornando muito longo”.

Para o sacerdote dominicano, as causas disto são múltiplas: “Creio que a razão disso é que nossa sociedade está se tornando cada vez mais ateia; as pessoas estão se distanciando da oração e dos sacramentos… pelo que há menos defesas contra o demônio”.

Outro importante mas “anormal” fator para isso é a falta de Fé dentro da Igreja mesmo, porque durante um exorcismo, “o exorcista ora em nome da Igreja”. “Sim, dentro da Igreja, há clérigos e também um certo número de Bispos que não acreditam no diabo ou em suas ações, então o exorcista se vê privado do poder da oração da Igreja”. Devido a isto, “o exorcista está libertando [as pessoas] mais lentamente. Antes não era assim”.

Falta de formação

O Padre Dermine lamentou também que não se esteja dando a devida instrução sobre estas temáticas:

Este ano, o curso de exorcismo tinha 295 participantes, dos quais a maioria eram sacerdotes que estavam se formando em universidades pontifícias. O sacerdote dominicano disse que esse alto número podia também ser atribuído, ao menos em parte, ao fato de que cursos sobre ‘exorcismo e o maligno’ não estavam incluídos nos currículos teológicos. “Existe um vazio”, disse, “pelo que querem aprender o que não se lhes ensina mas que lhes deveriam ensinar”. Também insistiu o Padre Dermine, que este ensinamento não deveria passar de um certo limite para não degenerar em superstição.

O sacerdote também apontou para uma crescente mentalidade supersticiosa e mágica, uma difusão ampla do espiritismo e as práticas ocultas, como portas que se abrem à atividade diabólica, que permitem ao demônio que se apodere de uma persona ou influencie em sua vida.

Por exemplo, no caso de pessoas que se prestam para ser ‘médiuns’, o sacerdote disse que muitas delas “pensam que é normal ter estes fenômenos, mas não é normal”, e acrescentou que “muitas vezes estas pessoas têm muitos problemas, mas não entendem por que tem estes problemas”, assim acodem a um exorcista em busca de ajuda. “Devemos tratar de convencer a estas pessoas para que renunciem a estes fenômenos, o qual nem sempre é fácil porque muitas destas pessoas se sentem importantes porque tem estes fenômenos paranormais, mas pagam um preço muito alto por estas faculdades”. “Devem renunciar a eles porque Deus não os move”, disse o padre. (EPC)

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