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O Pentecostes é a coroação da Páscoa de Cristo, diz Dom Taveira

Belém – Pará (Quarta-feira, 02-05-2018, Gaudium Press) Passados 50 dias da Páscoa do Senhor, tem início a celebração de Pentecostes. Neste ano, a solenidade acontece no próximo dia 20 de maio, encerrando o tempo pascal.

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Sobre a vinda do Espírito Santo neste período litúrgico, o Arcebispo de Belém do Pará, Dom Alberto Taveira Corrêa, afirma que a ação da terceira pessoa da Santíssima Trindade não se restringe ao interior da vida eclesial, mas se estende e se realiza onde quer que se faça o bem.

“De fato, todo suspiro de perfeição e bondade em qualquer recanto da terra tem nele sua fonte. E no tempo da Igreja, até a volta gloriosa do Senhor, o Espírito Santo conduz a Igreja e todos os cristãos” e continua “A vida espiritual, como convite a todos os que escolhem Deus como tudo de sua existência, é chamada à plenitude, no exercício das virtudes e no acolhimento dos dons do Espírito Santo, nos frutos do mesmo Espírito e às bem-aventuranças”, destaca, em seu artigo publicado na edição de abril/junho da revista “Bote Fé”, da Edições CNBB.

As virtudes, segundo Dom Alberto, fazem as pessoas participarem da vida sobrenatural de Jesus de modo “humano”, como um exercício o qual a teologia espiritual denomina de “ascese”, um árduo caminho de subida até o monte que é Cristo.

“Virtudes são hábitos infundidos pela graça de Deus, iluminados pela fé e fortalecidos pela caridade. Elas são como músculos, forças espirituais que atuam na pessoa, pela graça de Deus. Dentre tantas, a fé, esperança e caridade, virtudes teologais, e as virtudes morais da prudência, justiça, fortaleza e temperança”, explica.

O Pentecostes é a coroação da Páscoa de Cristo, diz Dom Taveira.jpgEm seguida, o religioso abordou os sete dons do Espírito Santo, considerando-os como “hábitos sobrenaturais infundidos nas pessoas para que recebam com prontidão as iluminações e moções do Espírito”. “Trata-se daquilo que a teologia espiritual chama de ‘mística’. Os dons do Espírito Santo têm a medida do presente que vem de Deus, cuja bondade não tem limites, mas nos ‘sete dons’, e sete é número bíblico que indica perfeição, reconhecem-se as ações gratuitas de Deus destinadas aos seus filhos”.

O arcebispo de Belém ainda fez uma profunda reflexão acerca de cada um desses dons:
“Em nossa razão atua o dom da sabedoria, para julgar corretamente as coisas divinas, descobrindo o sabor dado por Deus à vida, em seu plano de salvação. Para que em nós exista a paixão pela verdade, é concedido o dom do entendimento. A ciência é dom do Espírito que leva a pessoa a conhecer as coisas criadas segundo Deus. O conselho orienta as decisões práticas do dia a dia. Em nossa vontade, o Espírito Santo age com a fortaleza, para vencer o medo dos perigos e frear os impulsos da agressividade. O temor de Deus orienta as decisões e leva a vencer a desordem nos sentimentos. Por sua vez, o dom da piedade suscita um coração bom em relação a Deus, aos e parentes, à comunidade e no trato social”.

Concluindo o artigo, Dom Alberto Taveira lembrou que a vida cristã, no encontro de dons e virtudes, caminho de amor e comunhão entre Deus e a humanidade, floresce nos frutos do Espírito Santo e a prática das bem-aventuranças, que expressa a maturidade da vida cristã.

“O Espírito Santo, o grande dom do Cristo Ressuscitado, derramado e acolhido do primeiro e dos sucessivos Pentecostes da vida da Igreja, venha sobre todos nós!”, finalizou. (LMI)

Da redação Gaudium Press, com informações da CNBB

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