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Bispos da Nigéria exigem que o Presidente do país ofereça proteção aos fiéis

Nigéria – Abuja (Quarta-feira, 02-05-2018, Gaudium Press) Em um chamado sem precedentes quanto a sua intensidade, os Bispos da Nigéria exigiram a proteção dos fiéis e o fim da violência no país, afirmando que se o Presidente do país, Muhammadu Buhari, não pode cumprir os deveres de proteger a povoação deveria renunciar. “É hora do Presidente tomar a decisão de retirar-se com honra para salvar a nação de um colapso completo”, afirmaram os prelados.

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O comunicado dos Bispos foi escrito após o ataque no qual morreram dois sacerdotes e 15 fiéis no dia 24 de abril na localidade de Mbalom. “Estas almas inocentes foram assassinadas por uma gangue malvada e desumana; os terroristas transformaram o Middle Belt e outras regiões da Nigéria em um grande cemitério”, denunciaram os Bispos.

Os prelados recordaram a denúncia de um dos sacerdotes assassinados que publicou no dia 03 de janeiro a presença de pastores fulani e o desamparo da povoação local que carecia de armas para defender-se de seus ataques. Apesar do grave risco os sacerdotes “poderiam ter escapado, mas fiéis à sua vocação, ficaram para servir seu povo até sua própria morte”, comentaram.

“Como é que o governo federal desaparece enquanto suas forças de segurança fecham os olhos diante dos gritos dos cidadãos, desarmados e indefesos, que são um alvo fácil em seus próprios lares, granjas, estradas e agora inclusive nos lugares de culto?”, questionaram os Bispos, que recordaram os reiterados chamados para desenvolver uma estratégia de segurança que garanta a sobrevivência da povoação.

Além disso, defenderam a ideia de que os habitantes da região se organizem para defender-se. “Este não é tempo de desarmar as pessoas que tem armas legalmente procuradas para sua defesa própria”, indicaram os prelados. “Estes não são tempos normais já que aqueles aos quais pagamos para nos proteger tem falhado ao cumprir seu dever”.

Os Bispos haviam visitado o mandatário no dia 08 de fevereiro para recordar a grave necessidade de ações de segurança. “Desde então, o banho de sangue e a destruição de casas e granjas aumentou em intensidade e em brutalidade”, denunciaram. “Como cristãos, nos sentimos traídos por uma nação pela qual continuamos rezando e nos sacrificando”. (EPC)

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