Papa Francisco em Tor de’Schiavi: amar é cuidar das pessoas

 

Cidade do Vaticano (Segunda-feira, 07-05-2018, Gaudium Press) Neste domingo, pela tarde, o Papa Francisco fez mais uma Visita Pastoral no território de sua diocese. Agora foi a vez de Francisco visitar a Paróquia do Santíssimo Sacramento que fica situada no bairro Tor de’ Schiavi, em Roma.

Na oportunidade, o Papa inaugurou a “Casa da Alegria” que será dedicada a pessoas com necessidades especiais.

Na acolhida ao Papa estavam presentes o vigário do Papa para a Diocese de Roma, Dom Angelo De Donatis, o cardeal Dom José Gregório Rosa Chávez, o Presidente da Caritas Internacional, Cardeal Luís Antônio Tagle, o pároco Pe. Maurizio Mirilli e alguns colaboradores e fiéis da paróquia.

A programação da visita iniciou-se com a bênção da “Casa da Alegria” e um encontro com pessoas com necessidades especiais e seus familiares.

Crisma, Perguntas, Homilia

Antes de presidir a celebração eucarística durante a qual conferiu o Sacramento da Crisma a uma menina portadora de uma doença mitocondrial e de sua mãe, o Papa respondeu, no Oratório, quatro perguntas feitas por um pai, uma jovem, uma adolescente e uma criança.

O tema da homilia do Pontífice foi dentro da temática: “Permaneçam no meu amor”.
E Francisco ressaltou que no Evangelho do dia Jesus dá um importante conselho para os discípulos que serve também para nós.

Para o Papa , “Cada um de nós pode se perguntar: permaneço no amor do Senhor ou vou buscar outros caminhos, outras condutas de vida?”
“Permanecer no amor -esclareceu o Santo Padre- significa servir aos outros, estar a serviço dos outros. Não é como ver um filme de amor”.

“O amor é outra coisa, frisou o Papa. O amor é cuidar dos outros. O amor não é soar um violino. Tudo romântico! O amor é trabalho. Vocês que são mães lembram de seus filhos pequenos e sabem que foi um trabalho, limpar, passar, amamentar. O amor se vê nas obras e não nas palavras. O amor é concreto.”

Convite para pensar

O Papa convidou cada um a “pensar no amor pela família, pelo trabalho, pelo bairro, no amor pelos outros”.

“Fui à “Casa da Alegria” que para mim deveria se chamar Casa do Amor, pois essa paróquia cuida de muitas pessoas que precisam ser curadas. Isso é amor e o amor é trabalho em prol dos outros. O amor se manifesta com mais força nas obras.”

Deus amou primeiro

Em continuidade, o Papa falou da Segunda Leitura e sublinhou que tem uma frase para cada um de nós pensarmos:
“Nisto consiste o amor: não fomos nós que amamos a Deus, mas foi ele que nos amou e enviou o seu Filho como vítima de reparação pelos nossos pecados.”

Comentou o Papa: “Ele ama sempre por primeiro e nos espera com amor. Devo me perguntar: espero os outros com amor? A maledicência é amor? O falar mal dos outros é amor? Não, isso não é amor. Posso fazer cinco novena por mês, mas se falo mal dos outros, isso não é amor.”

Francisco disse que “o amor é gratuito e que o termômetro para saber a temperatura do amor é a língua. Antes de me confessar, faço um exame de consciência e penso como a minha língua se comportou. Faça o esforço para não falar mal dos outros. Para isso existe um remédio: morder a língua”.

O Papa concluiu a sua homilia, convidando os fiéis a pedirem ao Senhor a graça de “permanecer no amor e entender que o amor é serviço”. (JSG)

 

(Da Redação Gaudium Press, com informações Vatican News)