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Fragmentos inéditos dos manuscritos de Qumran são apresentados na Terra Santa

Redação (Quinta-feira, 10-05-2018, Gaudium Press) No início deste mês de maio, durante um simpósio internacional realizado na Terra Santa, por ocasião dos 70 anos do descobrimento dos manuscritos do Mar Morto, um grupo de cientistas apresentou 52 fragmentos inéditos de Qumran, os manuscritos mais antigos com os textos da Bíblia.

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Conhecidos como manuscritos de Qumran ou do Mar Morto, os documentos são mais de 950 textos escritos em hebraico, aramaico e grego, encontrados entre 1947 e 1956 nas cavernas de Qumran.

Datados como pertencentes aos séculos III a.C. a II d.C., os manuscritos foram codificados, colocando primeiro o número da caverna onde foram encontrados (de 1 a 11), seguido da letra “Q” de Qumran e, finalmente, o número com o qual foram identificados.

Uma equipe de cientistas da Escola Bíblica de Jerusalém e da Faculdade de Teologia de Lugano (Itália) estudam atualmente estes fragmentos. Dentre estes estudiosos se encontra Marcello Fidanzio, que explicou que “os materiais encontrados na gruta 11Q nos indicam como eram os manuscritos: pergaminhos de pele e de papiro, fechados com um pedaço de pele inserido em uma fivela, enrolados em pedaços de linho e colocados em frascos”.

O especialista explicou o motivo pelo qual estes fragmentos continuam sendo inéditos, apesar de terem sido descoberto há 70 anos. Segundo Fidanzio, “a história das descobertas de Qumran estão estritamente interligados com os fatos históricos do Oriente Médio: os primeiros manuscritos foram reconhecidos em 29 de novembro de 1947 (…), no mesmo dia em que a ONU votou na divisão da Palestina entre judeus e árabes”.

Além disso, após a guerra de 1948 “o dominicano Roland de Vaux, arqueólogo da Escola Bíblica de Jerusalém realizou escavações; mas com a guerra dos seis dias em 1967 e com o controle que Israel tinha de Jerusalém Oriental, onde se conservavam grande parte dos materiais, os trabalhos terminaram”. A morte do Padre Vaux, ocorrida em 1971, também ocasionou uma interrupção prolongada.

Atualmente os manuscritos de Qumran estão distribuídos entre oito museus e laboratórios de Israel e da Jordânia. (EPC)

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