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As notícias devem ser “portadoras da paz”, diz Arcebispo de Juiz de Fora

Redação (Sexta-feira, 11-05-2018, Gaudium Press) Na mensagem do Papa Francisco para o 52º Dia Mundial das Comunicações Sociais, a ser celebrado no dia 13 de maio, o Pontífice convida a todos a promover um “jornalismo de paz”.

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Sobre este assunto, o Arcebispo de Juiz de Fora e referencial da comunicação no regional Leste 2 da CNBB, Dom Gil Antônio Moreira, lembrou que o conceito de jornalismo de paz está intimamente ligado à atitude da pessoa.

Entrevistado pelo site Vatican News, Dom Gil explicou que o jornalismo produz a paz quando a mesma faz a opção pela verdade. “Tudo está baseado na postura do comunicador, ele tem que ter uma postura moral, ética antes de fazer qualquer comunicação ou publicar qualquer matéria, se ele tem essa opção – de ter uma postura reta – servirá a paz e diminuirá qualquer conflito que possa gerar a degeneração, o respeito à dignidade da pessoa humana”.

O jornalista, segundo o prelado, deve ser responsável por aquilo que a sociedade é e será. “Uma matéria feita com base na mentira, no engano caminha para a degeneração social. Aquele que faz o compromisso com a verdade prestará um grande serviço na edificação moral da sociedade”.

O arcebispo acrescentou ainda que “o jornalismo também tem essa vocação de que as notícias sejam portadoras da paz”, mas “isso não significa que o jornalista tenha que publicar apenas notícias boas”, uma vez que o profissional “tem que ir atrás de problemas, mas tudo é na maneira de tratar a matéria”. “Devemos tratar tudo para que não cause divisão, o ódio, mas que produza de alguma forma a paz”, disse.

No final da entrevista, ao destacar que o Papa Francisco tem insistido a respeito de um jornalismo que seja baseado na verdade, Dom Gil ressaltou: “a verdade é resultado de uma educação”.

“Há pessoas que são mal-educadas no sentido de mentir, de inventar mentiras para se defender ou para sair de situações complicadas e essa educação para a verdade seria muito útil para estabelecer relações positivas e boas, por isso os meios de comunicação devem trabalhar pela verdade. A verdade vai produzir a paz, a mentira só produz o contrário da paz que é o ódio, a divisão, a incompreensão entre as pessoas”, concluiu. (LMI)

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