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Sacerdote polonês destaca enorme riqueza de música sacra missionária colonial na Bolívia

Bolívia – La Paz (Segunda-feira, 21-05-2018, Gaudium Press) O sacerdote polonês Piotr Nawrot, Missionário do Verbo Divino e um dos especialistas mais importantes no patrimônio da música sacra missionária da Bolívia, presidiu a conferência “Música do Tempo da Colônia nos Arquivos Musicais da Bolívia” na Universidade Católica Boliviana “San Pablo” por ocasião dos 52 anos da instituição. O Padre Nawrot destacou a riqueza musical sacra como um legado da Igreja Católica e dos povos indígenas que merece ser conhecido e valorizado pelo mundo inteiro.

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“Depois de três décadas, confirmo que quando falamos de música, nem poderes como o México ou Peru poderiam competir com este país. É a melhor que há em toda América”, declarou o sacerdote em seu discurso. A música do tempo colônia incluiu música catedralícia, música conventual e peças compostas por indígenas de acordo com sua cultura, mas codificada no sistema de pentagrama trazido pelos europeus.

O sacerdote informou que durante seus anos de investigação pode contar pelo menos três mil páginas de partituras de música missionária, com, pelo menos, três mil peças de música barrocas compostas durante o tempo das missões jesuíticas. Mas a composição não esteve somente nas mãos dos missionários, mas dos nativos que já se destacavam por seu talento na interpretação e que reinventavam suas composições baseados na arte musical aprendida dos europeus. “Esta música é bela, é espiritual e tem mensagem”, comentou.

Os indígenas ajudaram também a preservar as composições de geração em geração, preservando um patrimônio que merece ser valorizado. “Esta música da Bolívia esteve em Londres, Amsterdã, Viena, Nova York, Washington e as pessoas aplaudem de pé”, indicou o Padre Nawrot. “Nós estamos começando a abrir nossos olhos e ouvidos para estudar e escutar a grandeza do que é a Bolívia no campo da música antiga (…). Na Bolívia não há nenhuma faculdade de musicologia. Os indígenas têm sido prudentes, sábios e crentes. Aprendamos com eles e façamos algo”. (EPC)

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