Gaudium news > II Dia Mundial dos Pobres: convite para redescobrir a beleza do Evangelho

II Dia Mundial dos Pobres: convite para redescobrir a beleza do Evangelho

Cidade do Vaticano (Quinta-feira, 14-06-2018, Gaudium Press) Um convite para redescobrir a beleza do Evangelho: assim pode ser interpretada a mensagem do Papa Francisco elaborada já tendo em vista o II Dia Mundial dos Pobres, que este ano se celebra em 18 de novembro, no 33º Domingo do Tempo Comum.

II Dia Mundial dos Pobres- convite para redescobrir a beleza do Evangelho.jpg

O tema da mensagem foi extraído do Salmo 34: “Este pobre grita e o Senhor o escuta”.
E Francisco assim o comenta na Mensagem:

“As palavras do salmista tornam-se também as nossas no momento em que somos chamados a encontrar-nos com as diversas condições de sofrimento e marginalização em que vivem tantos irmãos e irmãs nossos que estamos habituados a designar com o termo genérico de ‘pobres’, diz.

Os três verbos…

Desta oração, diz o Pontífice, emerge o sentimento de abandono e de confiança num Pai que escuta e acolhe.

São três os verbos que dão ênfase e caracterizam este salmo. Neles estão contidas a atitude do pobre e sua relação com Deus.
“Gritar”, “responder”, “libertar” são as três ações que caracterizam a relação pobre / Deus.

“Gritar”


O Papa falou do verbo “gritar”. Para ele, a condição de pobreza não se esgota numa palavra.
“Gritar” é mais que isso. A palavra transforma-se em um grito que atravessa os céus e chega até Deus.

Num Dia como este, todos nós somos chamados a fazer um sério exame de consciência, de modo a compreender se somos verdadeiramente capazes de escutar os pobres, pois é do silêncio da escuta que precisamos para reconhecer a sua voz

“Responder”

Responder é o outro verbo que caracteriza esse salmo.

O Salmista afirma que o Senhor não só escuta o ‘grito’ do pobre, mas Ele ‘responde’.

E sua resposta é uma ação repleta de amor e comiseração para com a condição do pobre.

Deus transforma-se num apelo para que quem acredita , n’Ele possa proceder de igual modo, dentro das limitações do ser humano.

Francisco descreve, então, em sua Mensagem que “O Dia Mundial dos Pobres pretende ser uma pequena resposta que, de toda a Igreja, dispersa por todo o mundo, é dirigida aos pobres de todos os tipos e de todas as terras para que não pensem que o seu grito tenha caído no vazio.

Provavelmente, é como uma gota de água no deserto da pobreza; e, contudo, pode ser um sinal de partilha para com os que estão em necessidade, para sentirem a presença ativa de um irmão e de uma irmã”.

Libertar

O pobre da Bíblia vive com a certeza que Deus intervém a seu favor para lhe restituir a dignidade.

A pobreza não é procurada, mas é criada pelo egoísmo, pela soberba, pela avidez e pela injustiça. E estes são males tão antigos como o homem.

Mas, mesmo assim continuam a ser pecados que implicam tantos inocentes, conduzindo a consequências sociais dramáticas.
Francisco cita a falta de meios elementares de subsistência, a marginalidade, as diversas formas de escravidão social apesar dos progressos levados a cabo pela humanidade…

E é aqui que entra o verbo “libertar”.

“Quantos pobres, como Bartimeu, estão hoje à beira da estrada e procuram um sentido para a sua condição! “, escreve Francisco.

Habilitados para reconhecer a presença de Deus…

Então, o Papa Francisco denuncia em sua Mensagem a aversão aos pobres, considerados não apenas como pessoas indigentes, mas também como gente que traz insegurança, instabilidade e desorientação.

Enquanto, na verdade, afirma Francisco, os pobres são os primeiros a estar habilitados para reconhecer a presença de Deus e para dar testemunho da sua proximidade na vida deles.

Um dia de alegria

Francisco manifesta o desejo de que este Dia seja celebrado com a marca da alegria pela redescoberta capacidade de estar juntos:

“Rezar juntos em comunidade e partilhar a refeição no dia de domingo. Uma experiência que nos leva de volta à primeira comunidade cristã.”

O Evangelho é belo

É de esperança a palavra com a qual Francisco conclui sua mensagem:

“Muitas vezes, são os pobres que colocam em crise a nossa indiferença, filha de uma visão da vida demasiado imanente e ligada ao presente. (…) É na medida em que somos capazes de discernir o verdadeiro bem que nos tornamos ricos diante de Deus e sábios diante de nós mesmos e dos outros. É na medida em que se consegue dar um sentido justo e verdadeiro à riqueza, cresce-se em humanidade e torna-se capazes de partilha”.

As palavras finais do Pontífice vem em forma de um convite para que toda a Igreja a viva este Dia Mundial como um momento privilegiado de nova evangelização.

“Os pobres evangelizam-nos, ajudando-nos a descobrir cada dia a beleza do Evangelho. Não deixemos cair no vazio esta oportunidade de graça. ” (JSG)

(Da Redação Gaudium Press, com informações Vatican News)

 

Deixe seu comentário

Notícias Relacionadas