Gaudium news > Arcebispo de Porto Alegre destaca a importância das festas juninas

Arcebispo de Porto Alegre destaca a importância das festas juninas

Redação (Quarta-feira, 20-06-2018, Gaudium Press) Em seu artigo “Festas Juninas”, o arcebispo de Porto Alegre, Dom Jaime Spengler, afirma que o festejo é marcado não somente pela alegria, música e danças típicas, mas pelo fato de que “essas festas são oportunidade privilegiada para o encontro de pessoas e recordação de um estilo de vida, por vezes, distante no tempo, mas sempre marcado por saudades, devido à simplicidade, o encontro amigo, a alegria, a partilha, a descontração e a fé”.

Arcebispo de Porto Alegre destaca a importância das festas juninas.jpg

Durante este mês de junho, diversas festas juninas são realizadas por todo o país, reunindo milhares de fiéis para festejar as memórias de Santo Antônio, São João Batista, São Pedro e São Paulo.

Além disso, acontece o que denominam ser um fenômeno natural. Enquanto o hemisfério sul tem o dia mais curto e a noite mais longa do ano, o hemisfério norte tem o dia mais longo e a noite mais curta do ano.

Logo, esse fenômeno passou a ser motivo de celebrações em meio aos povos antigos, que pediam colheita farta e agradeciam pelas já realizadas.

A partir disso, Dom Jaime enfatiza que a festa junina é expressão da obra divina realizada em figuras da tradição cristã.

O prelado explica ainda que Santo Antônio é invocado especialmente nas dificuldades. Por sua vez, São João é aquele que “foi enviado para preparar os caminhos do Senhor”. Já São Pedro é “a rocha escolhida sobre a qual o Senhor edificou sua Igreja”. E por fim, São Paulo é “evangelizador intrépido”.

“Estes homens, por caminhos distintos, cooperaram e cooperam para que a obra de Jesus continue no tempo. Um intercede nas dificuldades, outro inaugura caminhos, outro é garante da unidade da comunidade de fé, e outro ainda, intrepidamente, vai ao encontro de diversos povos e culturas”, afirma.

Esses homens, segundo o arcebispo, são santos e, por isso, são venerados, merecendo respeito, consideração, reconhecimento pelo bem que realizaram ao longo de suas vidas na relação com Deus, no seguimento de Jesus Cristo, no testemunho e anúncio do Evangelho e na relação com os irmãos.

“Neste período do ano, de um lado, o povo canta, festeja e se diverte, dançando e partilhando pratos típicos. De outro, a comunidade de fé, na liturgia, faz memória de homens que se destacaram no caminho da fé”.

Dom Jaime ressalta também que nas festas juninas deve ser expressado o desejo de um mundo melhor, marcado por paz e justiça, fraternidade e concórdia. “Por isso, o povo não se cansa de lutar para superar todo tipo de dificuldades (Santo Antônio); empenha-se por cooperar na preparação de caminhos, em vista de um mundo um pouco melhor para as novas gerações (São João); deseja um fundamento firme sobre o qual possa construir um projeto de nação (São Pedro), ousado e propositivo (São Paulo)”, escreve.

No final do seu artigo, o religioso esclarece que a festividade expressa o desejo humano de confraternização, promovendo comunhão e unidade.

“Elas (as festas juninas) são espaços de cultivo da possibilidade de um mundo transformado, no qual dificuldades imputadas possam ser superadas; bloqueios e empecilhos desfeitos; a unidade, reconstruída; a fraternidade e a paz experimentadas”, conclui. (LMI)

Da redação Gaudium Press, com informações da CNBB

Deixe seu comentário

Notícias Relacionadas