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Catástrofe humanitária sem precedentes, assim define a situação na Síria o Núncio Apostólico

Cidade do Vaticano (Quarta-feira, 20-06-2018, Gaudium Press) O Cardeal Mário Zenari, é Núncio na Síria desde 2009, portanto, conhece bem o estado atual da situação do País.

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Ele é testemunha de uma tragédia que reduziu a Síria a um país de refugiados internos e externos.

Por ocasião do “Dia Mundial do Refugiado”, o Cardeal participou de um Encontro organizado pelo Centro Astalli, na Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma, quando ele pode falar da situação da Síria.

Pela autoridade que tem e por viver há anos no epicentro dos acontecimentos sírios, suas palavras categóricas são de muito peso neste evento.

“Quando penso na Síria”, disse o cardeal Zenari, “aparecem duas imagens diante de mim”. Uma é a Pietà de Michelangelo, diante da qual o purpurado sempre se detém quando entra na Basílica de S. Pedro no Vaticano. Nela o Cardeal vê “a Síria que carrega nos braços seus próprios filhos”: eles são já milhares de mortos e feridos.

Uma outra imagem ainda vem à memória do Cardeal: é a parábola do bom samaritano.
Para ele essa passagem lembra “a Síria que foi atacada por ladrões e abandonada na beira da estrada”.

Principais Vítimas

Segundo o núncio apostólico, nestes sete anos de guerra pode-se dizer que foram as mulheres e as crianças que pagaram o preço mais alto do conflito.

Os acontecimentos dolorosos nasceram com os protestos de ruas, aparentemente sem maiores consequências, e que degenerou-se de tal modo que agora pode-se ver cinco exércitos “entre os mais poderosos e temidos do mundo” em campo, se digladiando.

O Cardeal e Núncio na Síria conta que, na parte oriental de Aleppo, existem de dois mil a seis mil crianças vivendo nas ruas sem ninguém que as ampare. Elas morrem de fome e de frio.

As mulheres, por outro lado, tornaram-se responsáveis pela manutenção de toda as famílias que costumam ser grandes. Seus maridos morreram na guerra ou, simplesmente, desapareceram.

12 milhões de refugiados

Um quarto dos refugiados de todo o mundo são sírios e dentro da Síria há 6 milhões de desabrigados, pessoas agora indigentes, que perderam tudo.

A situação transformou-se, verdadeiramente, em uma catástrofe humanitária sem precedentes:

Os sírios que foram obrigados a deixar o país já chegam a formar um contingente de mais de 12 milhões de pessoas.

Para concluir, o Cardeal Zenari diz que “o maior sonho dos sírios que partiram é de um dia poder voltar para suas casas, para o seu lar”… (JSG)

 

 

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