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Papa na Natividade do Batista: “’Ele vai chamar-se João…’ será arauto da Graça de Deus…”

Cidade do Vaticano (Segunda-feira, 25-06-2018, Gaudium Press) O Papa Francisco rezou, na Praça São Pedro, a oração mariana do Angelus, deste domingo, 24/06, na Solenidade da Natividade de São João Batista, com fiéis e peregrinos oriundos de várias partes do mundo.

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O Papa comentou em sua reflexão, realizada antes da Oração do Angelus, o nascimento de João Batista: ele é “o evento que ilumina a vida de seus pais Isabel e Zacarias, e envolve os parentes e vizinhos na alegria e estupor. Esses pais idosos sonharam e prepararam aquele dia, mas agora não o esperavam mais. Sentiam-se excluídos, humilhados e desiludidos: não tinham filhos”, disse.

Historiando o fato, o Papa recordou que “Diante do anúncio do nascimento de um filho, Zacarias ficou incrédulo, porque as leis naturais não o permitiam: eram idosos. Consequentemente, o Senhor o tornou mudo durante todo o tempo da gestação”.

O Mistério de Deus pede Confiança e silêncio

Confiar e calar, o Papa explica: “É um sinal, mas Deus não depende de nossas lógicas e capacidades humanas limitadas. É preciso aprender a confiar e a se calar diante do mistério de Deus e a contemplar na humildade e no silêncio a sua obra, que se revela na história e que muitas vezes supera a nossa imaginação. “

Cumprindo-se, o mistério tornou-se um evento evidente que se cumpre. Isabel e Zacarias percebem e anunciam que “para Deus nada é impossível”, demostrando e transmitindo uma grande alegria.

“Ele vai chamar-se João…” será arauto da Graça de Deus…

Francisco recordou que “o Evangelho deste domingo anuncia o nascimento e depois se detém no momento da imposição do nome ao menino” e destacou que “Isabel escolhe um nome estranho à tradição familiar e diz: ‘Ele vai chamar-se João’.

Um dom gratuito e inesperado, porque João significa ‘Deus fez a graça’. Este menino será arauto, testemunha da graça de Deus para os pobres que esperam com fé humilde a sua salvação.”

Zacarias confirma inesperadamente a escolha daquele nome, escrevendo-o numa tabuinha, porque estava mudo, e ‘no mesmo instante, a boca de Zacarias se abriu, sua língua se soltou, e ele começou a louvar a Deus’.

Sensação de alegre Estupor, Surpresa e Gratidão

Uma sensação alegre de estupor, surpresa e gratidão envolveu o nascimento de João Batista, comenta Francisco:
“Estupor, surpresa e gratidão. As pessoas ficaram tomadas pelo temor santo de Deus, e ‘a notícia espalhou-se por toda a região montanhosa da Judéia’.”

Francisco explica e logo interroga para que se tire lições e conclusões: “o povo fiel entende que aconteceu algo de grande, embora humilde e escondido, e se pergunta: ‘O que virá a ser este menino?’ O povo fiel de Deus é capaz de viver a fé com alegria, com a sensação de estupor, surpresa e gratidão.

Olhemos para as pessoas que falavam bem sobre esse fato maravilhoso, sobre esse milagre do nascimento de João, e faziam isso com alegria, estavam felizes, sentiam estupor, surpresa e gratidão”.

“Olhando para isso, perguntemo-nos: como anda a minha fé? É uma fé alegre ou uma fé sempre igual, uma fé plana? Fico surpreso quando vejo as obras do Senhor, quando ouço falar de evangelização ou da vida de um santo, ou quando vejo muitas pessoas boas: sinto a graça dentro ou nada se mexe dentro do meu coração? Sinto o consolo do Espírito ou estou fechado?”

E, ainda o Papa convida, oferecendo um conselho:
“Perguntemo-nos, cada um de nós, no exame de consciência: como está a minha fé? É alegre? É aberta às surpresas de Deus? Porque Deus é o Deus das surpresas. Experimentei na alma a sensação de estupor que a presença de Deus dá, o senso de gratidão? Pensemos nessas palavras que foram de ânimo para a fé: alegria, sensação de estupor, surpresa e gratidão”.

Família: missão sublime, santuário da vida

Para concluir suas reflexões, Francisco recordou-se de Nossa Senhora e pediu à “Virgem Maria para que nos ajude a entender que em cada ser humano existe a marca de Deus, fonte da vida”.

Que Maria, Mãe de Deus e nossa, “nos torne cada vez mais conscientes de que na gestação de um filho os pais agem como colaboradores de Deus. Uma missão realmente sublime que faz de toda família um santuário da vida e desperta, todo nascimento de um filho, a alegria, o estupor e a gratidão”, completou o Santo Padre. (JSG)

(Da Redação Gaudium Press, com informações Vatican News)

 

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