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Legalização da ‘maconha’ trará efeitos desastrosos, afirmam Bispos do Canadá

Cidade do Vaticano (Terça-feira, 03-07-2018, Gaudium Press) A Conferência dos Bispos do Canadá acaba de expressar sua aflição pela aprovação da lei que legaliza a cannabis para uso recreativo. Conhecida como “Bill C-45”, esta é lei que libera a “maconha” naquele país.

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Afirmam os Bispos canadenses que “É deplorável que o governo federal tenha decidido facilitar a distribuição e o uso de uma substância que cria dependência e que terá efeitos
desastrosos para tantas pessoas.”

Após acalorados debates, o Senado Canadense aprovou em 19 de junho último uma lei que permitirá a venda, o uso e o cultivo legal de cannabis (maconha) em todo o território nacional.

O Canadá é o segundo país do mundo a legalizar a maconha para fins recreativos e o primeiro entre os principais países do G7. O primeiro país a provar o uso da maconha foi o Uruguai.

Não limitará nem diminuirá o consumo da droga

O episcopado canadense compartilha ademais o parecer de “inúmeros chefes de polícia e muitos líderes indígenas, regionais e municipais”, que sublinham a necessidade de ulteriores financiamentos para implementar a nova legislação e nem todo mundo está convencido de que ela reduza o envolvimento do crime organizado, mas pelo contrário, pode também ter o efeito oposto.

Segundo os Bispos canadenses, esta é uma posição compartilhada pelo Papa Francisco, que reiterou que “a legalização das chamadas ‘drogas leves’, mesmo que parcialmente, além de ser no mínimo questionável no plano legislativo, não produz os efeitos desejados.”

Agravar problemas já existentes

“Sempre haverá males sociais difíceis de serem erradicados mas a resposta certamente não pode ser a da rendição, do perdão ou da legalização”, afirmam os membros do episcopado.

Para eles, o aumento maciço no consumo de cannabis que acompanhará a sua legalização, não vai produzir uma sociedade mais justa e humana, mas só irá agravar ou multiplicar os problemas já difundidos na sociedade, incluindo doença mental, crime, desemprego, danos à família, feridos e mortos.

A lei entrará definitivamente em vigor no dia 17 de outubro.

Educação moral, trabalho e apoio às famílias

Por fim, a Conferência Episcopal reitera que as soluções para o tráfico de drogas, dependência e abuso são encontradas nas opções educacionais e de emprego; em comunidades de apoio para os mais vulneráveis; no tratamento e prevenção; no apoio às famílias; na redução da oferta de droga; no desencorajamento ao consumo de drogas e na promoção de programas de recuperação.

“No momento em que já foram gastos tantos recursos para desencorajar o uso recreativo do tabaco – afirmam os prelados – é difícil entender o desprezo pela segurança pública inerente à legalização da marijuana, que é provavelmente muito mais perigoso”.

A saúde física e mental dos jovens está em risco

A declaração – também assinada pelo presidente do Conselho Canadense dos Imames – reitera que são numerosos e conhecidos os riscos que o uso da cannabis comporta para a sociedade e a saúde física, mental e emocional das pessoas.

Amparados em estudos realizados por associações nacionais de pediatria, psiquiatria e medicina, os bispos enfatizam como o uso da cannabis esteja ligada a dependências, depressão, ansiedade, psicoses, danos ao desenvolvimento cerebral e pulmonar, como asma e enfisema.

Em particular, a nota refere-se às estatísticas do UNICEF que revela que os jovens canadenses são os usuários mais frequentes de maconha no mundo desenvolvido. (JSG)

(Da Redação Gaudium Press, com informações Vatican News)

 

 

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