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“Edificar a Igreja é um chamado que começa com Jesus”, afirma Cardeal Tempesta

Rio de Janeiro (Quinta-feira, 16-08-2018, Gaudium Press) Neste mês de oração pelas vocações, sobretudo a dos presbíteros, a proposta do tema escolhido nos convida a relembrarmos a missão de São Francisco de Assis, que é a de edificar a Igreja, conforme escreve o Cardeal Orani João Tempesta.

Edificar a Igreja é um chamado que começa com Jesus, afirma Cardeal Tempesta

Em artigo publicado no site da CNBB, o Arcebispo do Rio de Janeiro destaca que “a Sagrada Escritura, fonte inspiradora da Palavra de Deus, nos impele sempre a observar, refletir e seguir o que o Senhor espera de cada um de nós”.

Segundo Dom Orani, “edificar a Igreja é um chamado que começa com Jesus a um dos seus seguidores”. “São Mateus, no seu Evangelho 16,18 Jesus é claro ao fazer o chamado. “Pedro tu és pedra e sobre esta pedra edificará a minha Igreja”. Pedro negou Jesus. Pedro não sabia o que dizer (na transfiguração). Pedro e os outros discípulos abandonaram Jesus na Cruz. Mas o Senhor insiste em chamar, em acreditar na pessoa humana, apesar de nossas dificuldades”, afirma.

Deus, continua o purpurado, não escolhe os capacitados, mas capacita os escolhidos. “Assim, confiou a Pedro a missão de edificar a Igreja e de confirmar seus irmãos na fé”.

“Na Constituição Dogmática Lumen Gentium “Cristo, santificado e enviado ao mundo pelo Pai (Jo 10,36), através dos apóstolos, fez participar da sua consagração e da sua missão os seus sucessores, isto é, os bispos os quais legitimamente confiaram, em graus diversos, o cargo do seu ministério a várias pessoas na Igreja. Assim, o ministério eclesiástico, de instituição divina, é exercido em ordens diversas por aqueles que já antigamente eram chamados bispos, presbíteros e diáconos. Ainda que não tenham a plenitude do sacerdócio e dependam dos bispos no exercício dos seus poderes, os presbíteros estão unidos a eles na dignidade sacerdotal comum e, pelo sacramento da ordem, são consagrados para pregar o Evangelho, apascentar os fiéis e celebrar o culto divino, como verdadeiros sacerdotes do Novo Testamento, à imagem de Cristo, sumo e eterno Sacerdote (“ad imaginem Christi, summi atque aeterni Sacerdotis”) (Hb 5,1-10; 7, 24; 9, 11-28)” (LG,28)”.

Ainda segundo o arcebispo, Jesus continua acreditando nos homens, apesar dos nossos pecados. “Não precisaria de nós, mas quer contar conosco sempre. Jesus é o Emanuel, o Deus conosco. Assim, estando sempre conosco nos quer ao seu lado para prestarmos esta inestimável ajuda na edificação do Reino”.

“Não podemos perder tempo com coisas assessórias, mas dedicarmo-nos, com afinco, ao atendimento do Povo de Deus, pela celebração dos sacramentos e dos sacramentais, e que sejamos testemunhas credíveis do Evangelho. Sempre atender o penitente. Não se cansar de visitar os hospitais e os doentes. Levar a Palavra de Deus aos presídios. Compartilhar a solidariedade da Igreja aos que sofrem e aos que passam pelo sofrimento do luto. Sejamos ministros dispensadores da graça divina”, aconselha.

“Agradecendo a todas as comunidades que rezam este mês pelos sacerdotes lembro que Jesus rezou por Pedro, por isso reza pela sua Igreja e reza por nós. Confiemo-nos a São José à sua intercessão para termos o dom da paternidade espiritual com o nosso povo. Que as nossas orações comunitárias pela santificação do clero nos inspirem a rezar uns pelos outros. Rezemos pelos padres. Estejamos unidos e rezemos pela santificação de toda a Igreja”, finaliza o cardeal. (LMI)

Da redação Gaudium Press, com informações da CNBB

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