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O bispo é um homem de oração, sente-se escolhido e é próximo dos fiéis, define o Papa

Cidade do Vaticano (Terça-feira, 11-09-2018, Gaudium Press) Nesses dias, em Roma, estão sendo realizados três cursos para bispos: um de atualização para os bispos que completaram 10 anos de episcopado -recentemente concluído-; um outro para 74 bispos que estão à frente das dioceses de territórios de missão -que fazem referência à Congregação de Propaganda Fidei- e um terceiro com a participação de 130-140 bispos que pertencem à Congregação dos Bispos.
É um bom número de prelados.

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Escolha dos Bispos

Na homilia da missa celebrada na manhã desta terça-feira, na capela da Casa Santa Marta, o Papa refletiu sobre o ministério episcopal, inspirando-se no Evangelho de Lucas (Lc 6, 12-19) proposto pela liturgia do dia.

Neste trecho São Lucas trata da passagem em que Jesus passa a noite em oração, e depois escolhe os Doze Apóstolos, os “primeiros bispos”.

Isso tudo inspirou Francisco a fazer uma reflexão sobre a escolha dos bispos.

Homem de oração

Francisco salientou primeiro que o aspecto fundamental do bispo é ser homens de oração. Para ele, a oração é “a consolação que um bispo tem nos momentos difíceis”, isto é, saber que “neste momento Jesus reza por mim”, “reza por todos os bispos”.

Ai, o bispo encontra aquela “consolação” e aquela força que o leva por sua vez a rezar por si mesmo e pelo povo de Deus. Esta é sua primeira tarefa.

E o Papa sublinha esta ideia lembrando que São Pedro também confirma que o bispo é um homem de oração quando diz:
“Para nós, a oração e o anúncio da Palavra”. Ele não diz: “Para nós, a organização dos planos pastorais …”, recorda Francisco.

Homem escolhido e humilde

O Papa destaca, em segundo lugar, que Jesus escolhe os Doze. E o bispo fiel sabe que não foi ele que se escolheu:

“O bispo que ama Jesus não é um galgador que segue em frente com sua vocação como se fosse uma função, talvez olhando para outra possibilidade de seguir em frente e de subir: não. O bispo se sente escolhido. E ele tem a certeza de ter sido escolhido. E isso o leva ao diálogo com o Senhor: “Você me escolheu, que sou pouca coisa, que sou pecador …”: tem humildade. Porque ele, quando se sente escolhido, sente o olhar de Jesus sobre a própria existência e isso lhe dá força.”

Próximo aos fiéis

Por fim, Francisco comenta que, como Jesus no Evangelho de hoje, o bispo desce a um lugar plano para estar perto do povo e não se afasta:

“O bispo que não permanece distante do povo, que não usa atitudes que o levam a estar distante do povo; o bispo que toca as pessoas e se deixa tocar pelas pessoas. Ele não vai procurar refúgio nos poderosos, nas elites: não. Serão as elites que irão criticar o bispo; o povo tem essa atitude de amor para com o bispo, e tem essa – por assim dizer – esta unção especial: confirma o bispo na vocação.”

Encerrando, o Papa pediu: Rezemos hoje por nossos bispos: por mim, por estes que estão aqui e por todos os bispos do mundo. (JSG)

(Da Redação Gaudium Press, com informações Vatican News)

 

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