Gaudium news > Dezesseis Mártires espanhóis foram Beatificados em Barcelona

Dezesseis Mártires espanhóis foram Beatificados em Barcelona

Barcelona – Espanha (Segunda-feira, 12-11-2018, Gaudium Press) Em Barcelona, presidida pelo Cardeal Giovanni Angelo Becciu, Prefeito da Congregação das Causas dos Santos, foram beatificados 16 religiosos e leigos martirizados durante a perseguição religiosa anti-cristã que ensanguentou a Espanha entre os anos de 1936 e 1937.

Dezeseis Mártires espanhois foram Beatificados em Barcelona .jpeg

Na ocasião foram beatificados o Padre Teodoro Illera del Olmo e seus quinze companheiros mártires.

Os mártires

Os mártires são treze consagrados e três fiéis leigos.

Destes novos beatos nove religiosos e leigos pertenciam á Congregação de São Pedro in Vincoli; três religiosas eram Capuchinhas da Mãe do Divino Pastor e uma era Franciscana do Sagrado Coração.

Todos eles foram assassinados por causa de sua Fé em diferentes lugares e datas, durante aquela que é considerada a pior perseguição religiosa do século passado, na Espanha.

Estes mártires por causa da fé representam apenas uma pequena parte dos mais de novecentos fiéis assassinados durante a perseguição espanhola de 1936.

Números e História

As violências se intensificaram entre julho 1936 e abril de 1939.

Foram três anos durante os quais foram incendiadas 70% das igrejas do país, assassinados três bispos, 4.200 sacerdotes e seminaristas, mais de 2.000 religiosos e quase trezentas freiras, assim como milhares de leigos acusados ??de serem “complacentes” com a Igreja Católica.

A partir de 1931, e sobretudo em 1934, várias Congregações religiosas encontraram sérias dificuldades para exercer suas atividades pastorais e educacionais por causa da política antirreligiosa do governo republicano comunista espanhol.

Neste contexto, alguns desses religiosos decidiram oferecer sua vida em sacrifício a Deus.

Em Barcelona, ??de modo particular, havia uma forte tensão social e perseguição cristã violenta, que causaram destruição e incêndios de igrejas, conventos e escolas, e o assassinato de sacerdotes e religiosos.

Homilia do Cardeal Prefeito

Em sua homilia, o Cardeal Becciu afirmou que “Estes novos Beatos, enquanto mártires, anunciaram o Evangelho, dando a vida por amor: com a força de seu sofrimento são o sinal daquele amor maior que abrange todos os outros valores”.

Hoje, será dificílimo, senão impossível, afirmar com certeza o número dessas vítimas de ódio profundo à fé, que é, no entanto, o maior dom que o Senhor nos dá, juntamente com o dom da vida.

“Esses mártires também nos convidam a pensar na multidão de crentes que são perseguidos no mundo de hoje secretamente – acrescentou o purpurado – porque comporta a falta de liberdade religiosa, a impossibilidade de defender-se, o internamento, a morte civil”.

Martírio, vitória da fé sobre a perseguição

“Quem nos separará do amor de Cristo”, pergunta o prefeito em sua homilia ??citando São Paulo, que assim responde:

“Nada, nem mesmo a morte, nem as forças misteriosas do mundo, nem o futuro, nem qualquer criatura”.

Esta, portanto, é a vitória que os novos Beatos mártires têm a dizer sobre as perseguições da época contra a Igreja Católica, de acordo com o Cardeal.

Eles “semeavam o bem nas paróquias, nos colégios onde ensinavam e nas outras atividades relacionadas com o seu estado de vida”.

O Cardeal Prefeito destacou que “No momento supremo de sua existência, quando tiveram que confessar sua fé, não tiveram medo: aceitaram a morte porque não negaram sua identidade como religiosos, religiosas ou leigos comprometidos”.

“Quem ama a sua vida perdê-la-á, e quem odeia a sua vida neste mundo, conservá-la-á para a vida eterna”, diz Jesus, que nos ensina assim a viver a nossa existência não “na preservação e na apego a nós mesmos, mas no dom e no amor aos outros”, recordou o cardeal afirmando que foi precisamente o que os mártires fizeram.

Os dezesseis Mártires

Padre Teodoro, superior da comunidade de São Félix, celebrou sua última Missa, em uma comunidade de religiosas, no domingo, 26 de julho. Ele sabia que, qualquer dia, poderia ser o último da sua vida. Por isso, preparava-se espiritualmente.

Naquela época, Teodoro foi a Barcelona, para saber notícias de outros religiosos, e voltou para Sant Félix, mesmo sabendo que as milícias tinham ocupado o convento e expulso os alunos. Naquela mesma noite, foram assassinados o Padre Teodoro e mais três jovens religiosos, por militantes comunistas.

Os outros irmãos da comunidade de Barcelona, Ángel María e Acácio, acompanhados por Eliseu, foram acolhidos por Gregório, operário viúvo, e Camila, sua irmã, que vivia com ele.
Todos foram assassinados depois de 15 de fevereiro.

As três Capuchinhas da Mãe do Divino Pastor, foram obrigadas a deixar sua casa e o colégio, em Barcelona, para buscar refúgio em casas de amigos.

A seguir, o colégio foi saqueado e quase totalmente destruído. Também os dois capelães foram mortos.

A mesma sorte coube a outros religiosos, forçados a entregar objetos religiosos, destruídos publicamente e saqueadas as casas, onde as Irmãs se refugiavam na aldeia, além de outros lugares, igrejas, arquivos eclesiásticos e objetos religiosos.(JSG)

 

Deixe seu comentário

Notícias Relacionadas