Prefeito da Congregação para a Causa dos Santos dá detalhes sobre o processo de beatificação dos pastores de Fátima

Cardeal José Saraiva Martins lembrou que Igreja não costumava beatificar crianças

Cidade do Vaticano (Quinta-feira, 27-05-2010, Gaudium Press) Fortes apelos de fiéis leigos e de bispos do mundo inteiro, por meio de cartas ao Vaticano, contribuíram significativamente para que os pastores de Fátima se tornassem as primeiras crianças não mártires a serem elevadas às honras dos altares.

Esse e outros detalhes acerca o processo de beatificação dos videntes de Fátima foram dados pelo prefeito emérito da Congregação para a Causa dos Santos, cardeal José Saraiva Martins, ao jornal vaticano L’Osservatore Romano, em entrevista publicada na edição de ontem do periódico.

O grande volume de cartas enviadas ao Vaticano com apelos pela beatificação teria feito, de acordo com o cardeal, com que João Paulo II criasse a comissão formada por peritos em diferentes áreas, como teologia e pedagogia, que depois de longa análise concluíram que as crianças, ao modo delas, eram capazes de praticar as virtudes cristãs em grau heróico. “Graças a esta conclusão foi possível proceder à beatificação”, disse o cardeal, explicando que antes de João Paulo II, a Igreja não costumava canonizar crianças.

Sobre a causa da beatificação da Irmã Lúcia, a última das videntes, falecida em 2005, Dom José Martins disse que ela ainda está na fase diocesana dos cinco anos que se devem esperar em todos os casos para poder ter início. Com Rádio Vaticana.