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Bispos norte-americanos lançam documento em defesa da liberdade religiosa

Washington (Sexta-feira, 13-03-2012, Gaudium Press) Um muito aguardado documento foi dado a luz: “Our First, Most Cherished Liberty: A Statement on Religious Liberty” (Nossa Primeira, Mais Querida Liberdade: Uma declaração sobre Liberdade Religiosa”, em inglês). O documento foi emitido pelo Comitê de Liberdade Religiosa do Episcopado Americano, encabeçado pelo arcebispo de Baltimore, nos Estados Unidos. A declaração busca combater a intenções de alguns segmentos da sociedade norte-americana que querem redefinir e constranger a “primeira liberdade”, a liberdade religiosa.

“É algo instrutivo contemplar nosso governo promulgar uma lei injusta. Uma lei injusta não pode ser obedecida. Ante a uma lei injusta, uma acomodação não pode ser procurada, especialmente recorrendo a palavras equívocas e práticas enganosas” expressa o documento, fazendo referência ao que se tem chamado o mandato federal de anticoncepção, documento aprovado no dia 20 de janeiro deste ano, e acomodado posteriormente presidente Barack Obama, e que os bispos qualificaram como “inaceitável”. O mandato obriga instituições católica a pagar por serviços contraceptivos e alguns abortivos que possam, vir a ser solicitados por seus empregados.

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Dom Lori encabeça o Comitê de Liberdade Religiosa do Episcopado Americano

“Se nós enfrentamos hoje em dia a perspectiva de leis injustas, então os católicos nos Estados Unidos, em solidariedade com nossos concidadãos, devem ter a coragem de não obedecê-las. Nenhum estado-unidense quer isto. Nenhum católico lhe dá boas-vindas. Contudo, em caso de que isso caia sobre nós, devemos cumprir com um dever de cidadania e uma obrigação de fé”, assinala o documento.

É isto desobediência civil? Não, como explica o arcebispo de Baltimore em entrevista na qual comenta o documento. “[Isto] não significa que iremos à desobediência civil em primeira estância. Mas significa que exerceremos nossos direito e buscaremos reparação dos três ramos do governo, já que estamos com o mandato do HHS”. O Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos (HHS, siga em inglês) é o autor imediato do “mandato contraceptivo”. Mas se a lei nos está pedindo para violar nossa consciência”, manifestou o prelado, “então poderíamos estar diante de uma escolha tipo Thomas Morus” .

O documento assinala outras ameaças menos visíveis à liberdade religiosa que o mandato contraceptivo, que incluem: a intenção de limitar o direitos dos estudantes cristãos nas universidades norte-americanas; os projetos de lei estatais sobre imigração que penalizam às igrejas que abrigam imigrantes ilegais; leis estatais ‘anti-discriminação’ e de ‘matrimônio’ do mesmo sexo que obrigam agências de adoção e agências de cuidado temporal católicas a fechar suas portas, e a decisão do governo Obama de não renovar os contratos federais com programas humanitários católicos que não admitem serviço de contracepção e de aborto a seus beneficiários em necessidade”.

“A liberdade religiosa não é só a cerca de nosso capacidade ir a missa aos domingos ou rezar o Rosário em casa. Trata-se de se podemos fazer nossa contribuição ao bem de comum de todos os estado-unidenses. Podemos fazer as boas obras que nossa fé nos chama a fazer, sem ter que comprometes a fé mesma?”, continua expressando o documento.

“Sem liberdade religiosa bem entendida, todos os norte-americanos sofrem, privados da contribuição essencial na educação, a na saúde, na alimentação dos famintos, nos direitos civis e nos serviços sociais que os estado-unidenses religiosos fazem todos os dias, tanto aqui como em casa e no estrangeiro”.

O documento na íntegra pode ser consultado (em inglês) no endereço: http://usccb.org/issues-and-action/religious-liberty/our-first-most-cherished-liberty.cfm).

Com informações do National Catholic Register.

 

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