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Trabalho e Repouso: o caso dos países de economia avançada”, tema no Encontro Mundial das Famílias

Milão (Quinta-feira, 31-05-2012, Gaudium Press) O Cardeal Philippe Barbarin, arcebispo de Lyon, Ferruccio De Bortoli, diretor do Corriere della Sera e Mons. Franco Giulio Brambilla, bispo de Novara e co-presidente do Comitê Científico do Congresso Internacional Teológico, foram os protagonistas de um encontro que teve como foco a exploração das dinâmicas da relação entre trabalho e festa (repouso) em um contexto ocidental.

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Cardeal Philippe Barbarin
Arcebispo de Lyon

 

Partindo de uma citação de Jean Vanier: “Quanto mais pobres são as pessoas, mais gosta de festejar…As sociedades, tornando-se ricas, perderam o sentido da festa, e também o significado da tradição”, o arcebispo de Lyon, Cardeal Philippe Barbarin, deu início ao tête-a-tête com o diretor do Corriere della Sera, Ferruccio De Bortoli, sobre o tema “Trabalho e festa: o caso dos países de economia avançada”. Referindo-se à sua experiência missionária no Madagascar, Barbarin explicou como a festa pode reforçar fortemente o sentido de pertencer a uma família ou a uma comunidade.

De Bortoli interagiu com o cardeal problematizando, falando sobre a contradição da sociedade atual, assinalada pelas novas tecnologias, que vê “uma orgina de comunicação e o deserto das relações humanas”: aqui as comunidades virtuais, difusíssimas mas anônimas, lá as comunidades das pessoas em carne e osso, nas quais o diálogo autêntico se faz todos os dias mais difícil.

Também Mons. Franco Giulio Brambilla, ao introduzir o encontro, havia colocado em evidência o risco que hoje a família dê preferência ao modelo de “casa-apartamento” no qual se vive “apartados”, voltados para o privado. Quanto ao nexo festa-trabalho, o cardeal Barbarin evidenciou a necessidade que à pessoa sejam dadas oportunidades, como no caso da festa, para “abrir-se para outro lugar”. “Quando se joga pode-se dizer tudo”, acrescentou parafraseando un dito popular. De Bortoli replicou evidenciando que “talvez não consigamos defender o domingo” da globalização avançada, mas acrescentou que “o grande antídoto é, na maneira cristã, aquela cultura dos laços e das relações autênticas que não pode nunca prescindir da centralidade da família”.

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