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O mundo precisa de cristãos coerentes, afirma Presidente dos bispos italianos

Nápoles – Itália (Terça-feira, 03-10-2017, Gaudium Press) Ao presidir neste primeiro domingo de outubro (01/10) a santa missa e a recitação da súplica no patamar da Basílica de Pompeia, em Nápoles, diante de milhares de fiéis e peregrinos, o presidente dos bispos italianos e arcebispo de Perugia, Cardeal Gualtiero Bassetti, afirmou que o mundo precisa de cristãos coerentes com a fé que falem a linguagem das obras de caridade.

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“Não podemos apresentar-nos ao Senhor com boas intenções e depois comportar-nos na vida de todos os dias como se Deus não existisse”, disse o Cardeal Bassetti, que chamou a atenção dos batizados para a tentação sempre presente da “vida dupla” e da “simulação”.

Fidelidade ao Evangelho, oração do terço, ajuda aos irmãos

Para o Cardeal, a fidelidade ao Evangelho, construída na oração, em particular na oração do Terço, e auxiliada pela intercessão de Maria, deve ser testemunhada na ajuda contínua aos irmãos que se encontram na necessidade.
Mesmo porque, ressaltou o purpurado, “os pobres, os doentes, as crianças sem família, como disse reiteradas vezes o Papa Francisco, são a carne dilacerada de Jesus”.

De acordo com o jornal “L’Oservatore Romano”, foram tratados conceitos que o presidente dos bispos italianos abordou também à margem da celebração:

“Os descartes não são uma ‘categoria’, são os jovens que correm o risco de chegar à idade de aposentar-se sem jamais conhecer a cultura do trabalho, são os marginalizados, são os migrantes”, disse o Cardeal Bassetti falando aos jornalistas.

Pompeia, globalização, finança e solidariedade

Disse o Cardeal que nesse sentido, “os descartes são produtos da globalização da finança administrada por poucos em detrimento da globalização da solidariedade que deveria ser de todos”.

A Pompeia de hoje, disse o purpurado, “é uma fascinante e concreta narração de que o amor por Deus só pode ser amor pelo próximo. Esta terra é uma terra que fala de Evangelho e na linguagem preferida pelo Evangelho: a linguagem das obras”.

Com certeza também aqui, como em “tantas outras nossas cidades”, não faltam problemas, com a “falta de trabalho” e os “jovens que o procuram e têm dificuldade de encontrá-lo”, com “tensões sociais que não arrefecem facilmente”.

Terra de esperança, casa da Virgem Maria

Dom Gualtiero Bassetti, presidente da CEI, ainda afirmou que “esta terra, mais do que qualquer outra, é terra de esperança, porque é a casa de Maria, e o Santuário dedicado a Nossa Senhora é ponto de encontro amado de um povo que tem a oração e a confiança em Deus bem radicados no coração”.

Com a convicção, disse ainda, de “que o amor a Deus jamais pode ser separado do amor, real concreto, para com os irmãos, sobretudo os mais pobres e em dificuldades”, como recordou em certa ocasião o arcebispo prelado Dom Tommaso Caputo, recordou. (JSG)

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