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Missionário atribui as avós notável papel na transmissão da Fé na Rússia

Rússia – Moscou (Sexta-feira, 10-11-2017, Gaudium Press) Um sacerdote missionário da Congregação Verbo Divino em Moscou, o Padre Daniel Sollazo, comentou à emissora ‘Rádio Maria’ parte de suas experiências na Rússia e suas reflexões sobre a Igreja na Rússia e o testemunho dos fiéis que sofreram a perseguição sob a ditadura comunista da União Soviética. “Apesar de tudo as pessoas têm conservado a Fé, inclusive muitos a fortaleceram”, indicou o missionário.

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“Graças as avós se pode transmitir a Fé. Elas as transmitiram aos seus filhos e netos como podiam”, expressou o presbítero, questionado sobre como se preservou a Fé Cristã em um ambiente tão adverso. “Havia todo um ambiente contrário. Nas escolas, nas universidades se ensinava o ateísmo como matéria. As novas gerações até a Perestroika quando caiu o comunismo, tinham vagas recordações da Fé, poucos conhecimentos. Pelo que se têm que fazer até hoje um trabalho muito grande de reconstrução e de curar feridas”.

As pessoas que sofreram diretamente a perseguição já faleceram em sua maioria, mas o Padre Sollazo indicou que persistem feridas na memória da povoação que padeceu a repressão e a ameaça das guerras mundiais, além de cruéis castigos internos com milhões de vítimas. “Nos anos 90 quando acabou o comunismo, a gente tinha muita sede e curiosidade pela Fé e chegaram muitas seitas”, relatou o missionário sobre os desafios atuais. “Agora os anos 2000 marcaram a chegada do bem estar, do consumismo, as novas tecnologias, ao menos em Moscou. Um pouquinho de secularismo mas menos na Europa ocidental”.

“No entanto aqui na Rússia as pessoas estão muito abertas à Fé e não há agressividade nem prejuízos contra a Igreja, os sacerdotes e as monjas. Mas respeito”, acrescentou o sacerdote. “As pessoas têm um sentido do sagrado, de respeito a Deus, muito grande”. O trabalho da Igreja claramente minoritária no país, é apoiada desde o exterior através de organizações como Ajuda a Igreja que Sofre (AIS). “Estamos muito agradecidos porque aqui a Igreja Católica é muito pequenina e está sustentada por jovens. Tentamos que os habitantes locais ajudem também. Mas sem a ajuda da AIS teria sido impossível o renascimento da Igreja Católica na Rússia”, concluiu o missionário. “Lhes apoio e valorizo muito também com orações a partir daqui, e lhes peço suas orações pela evangelização e pela unidade de todos os cristãos”. (EPC)

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