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Pensar na morte faz bem, será o encontro com o Senhor", adverte Santo Padre

Cidade do Vaticano (Sexta-feira, 17-11-2017, Gaudium Press) Durante a Missa que celebrou na Capela da Casa Santa Marta nesta manhã de sexta-feira, o Papa Francisco fez uma reflexão a propósito do trecho do Evangelho de São Lucas que faz parte da liturgia do dia. Com esta passagem evangélica, a Igreja convida a refletir sobre o fim do mundo e também sobre o fim de cada um de nós. 

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O evangelista traz a narração da vida normal dos homens e mulheres antes do dilúvio universal e nos dias de Lot: comiam, bebiam, compravam, vendiam, se casavam…
De repente, como um trovão, chega o dia da manifestação do Filho do homem. Tudo mudou…

Pensar na própria morte

Com este trecho do Evangelho a Igreja quer e recomenda “que cada um de nós pense em sua própria morte”, disse Papa para logo comentar: ” Todos nós estamos acostumados à normalidade da vida: horários, compromissos, trabalho, momentos de descanso… e pensamos que será sempre assim.

Mas, um dia Jesus chamará e nos dirá: ‘Vem!’ Para alguns, este chamado será repentino, para outros, virá depois de uma longa doença; não sabemos”.

O chamado virá… é bom pensar nele

“O chamado virá!”, repetiu Francisco e continuou seu comentário:
“E será uma surpresa, mas depois, virá ainda outra surpresa do Senhor: a vida eterna”. Por isso, “a Igreja nestes dias nos diz: pare um pouco, pare e pense na morte”.

O Pontífice, então, comentou um velório e o que acontece nele, normalmente, em nossos dias: participar do velório ou ir ao cemitério se torna um evento social. “Vai-se, fala-se com os outros e em alguns casos, até se come e se bebe: “É uma reunião a mais, para não pensar”.

Convite cheio da bondade da Igreja

“E hoje a Igreja, hoje o Senhor, com aquela bondade que é sua, diz a cada um de nós: ‘Pare, pare, nem todos os dias serão assim. Não se acostume como se esta fosse a eternidade. Haverá um dia em que você será levado e o outro ficará, você será levado’. É ir com o Senhor, pensar que a nossa vida terá fim. Isto faz bem”.

O Papa depois de repetir que “isto faz bem¨, comentou: “diante do início de um novo dia de trabalho, por exemplo, podemos pensar: ‘Hoje talvez será o último dia, não sei, mas farei bem meu trabalho’. E o mesmo nas relações de família ou quando vamos ao médico.

Pensar na morte não é uma fantasia ruim… ela chegará

“Pensar na morte não é uma fantasia ruim, é uma realidade. Se é feia ou não feia, depende de mim, como eu a penso, mas que ela chegará, chegará. E ali será o encontro com o Senhor, esta será a beleza da morte, será o encontro com o Senhor, será Ele a vir ao seu encontro, será Ele a dizer: “Venha, venha, abençoado do meu Pai, venha comigo”.

O Senhor chamou, não tem mais tempo

Com o chamado do Senhor, não haverá mais tempo para resolver nossas coisas.
Francisco, então, relata o que um sacerdote lhe disse recentemente:

“Dias atrás encontrei um sacerdote, 65 anos mais ou menos, e ele tinha algo que não estava bem, ele não se sentia bem … Ele foi ao médico que lhe disse: “o senhor tem isso, e isso é algo ruim, mas talvez tenhamos tempo para detê-lo, nós faremos isso, se não parar, faremos isso e, se não parar, começaremos a caminhar e eu vou acompanhá-lo até o fim”. “Muito bom aquele médico”.

Nós também –recorda o Papa para concluir– vamos nos fazer acompanhar nesta estrada, façamos de tudo, mas sempre olhando para lá, para o dia em que “o Senhor virá me buscar para ir com Ele”.

(JSG)

(Da Redação Gaudium Press, com Informações RV)

 

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