Maria, único “oásis sempre verde”, “sempre jovem”, “sem pecado”, diz Papa no Dia da Imaculada
Cidade do Vaticano (Sexta-feira, 08-12-2017, Gaudium Press) Antes da recitação do Angelus na Praça São Pedro no dia da Solenidade da Imaculada Conceição de Maria, em sua preleção, o Santo Padre pediu que a Santíssima Virgem nos ajude “a permanecer jovens, dizendo “não” ao pecado, e a viver uma vida bela, dizendo “sim a Deus””.
O Papa afirmou que Maria teve intimidade com a Palavra de Deus, esteve “próxima ao seu coração” e que depois Ele “fez-se carne em seu ventre”.
Para Francisco, este é o segredo de Maria para ter uma vida bela, apesar dos medos e preocupações, disse ele aos fiéis e peregrinos em sua alocução que precedeu a oração do Angelus na Solenidade Mariana de hoje.
Sois a Cheia de Graça, Maria
“Cheia de graça”, “criada pela graça”… “Antes de chamá-la Maria, (o anjo) a chama cheia de graça, recordou o Papa aos fiéis reunidos na Praça São Pedro. Assim, diz o Papa, ele revela o novo nome que Deus deu a ela e que se adapta melhor do que o nome dado pelos seus pais. Também nós a chamamos assim, em cada Ave Maria”, disse, comentando a anunciação do anjo a Maria narrada no Evangelho de Lucas.
O que quer dizer cheia de graça?
Francisco perguntou o que quer dizer “cheia de graça” e logo respondeu:
“Que Maria é repleta da presença de Deus. E se é totalmente habitada por Deus, nela não há lugar para o pecado. É uma coisa extraordinária, porque tudo no mundo, infelizmente, é contaminado pelo mal. Cada um de nós, olhando-se dentro, vê lados obscuros. Também os maiores santos eram pecadores e todas as realidades, até mesmo as mais belas, são atingidas pelo mal: todas, exceto Maria”.
Oásis sempre verde, cheio de graças, sempre jovem
Maria é o único “oásis sempre verde” da humanidade, “a única incontaminada, criada imaculada para acolher plenamente, com o seu “sim”, Deus que vem ao mundo e começar assim uma história nova”.
Quando dizemos a Maria “cheia de graça”, nós estamos fazendo a ela também, de um modo elegante, um elogio à tenra idade que aparenta ter, pois ela “nunca envelheceu pelo pecado”, disse o Santo Padre, para logo acrescentar:
“Existe uma única coisa que faz realmente envelhecer: não a é idade, mas o pecado. O pecado torna velhos, porque atrofia o coração. Fecha-o, torna-o inerte, o faz murchar. Mas a cheia de graça é vazia de pecado. Então é sempre jovem, é “mais jovem do que pecado”, é “a mais jovem do gênero humano”.
Toda Bela sois…
A Igreja hoje se regozija em Maria, chamando-a toda bela, tota pulchra:
“Como a sua juventude não está na idade, assim a sua beleza não consiste na aparência. Maria, como mostra o Evangelho de hoje, não se sobressai em aparência: de família simples, vivia humildemente em Nazaré, uma cidadezinha quase desconhecida”.
“Maria não era uma mulher famosa”, ninguém soube quando o anjo a visitou, “naquele dia não estava ali nenhum repórter”, observou Francisco. Ela teve preocupações e temor, mas sua vida era bela. E qual era o seu segredo?, pergunta-se o Papa, que explicou:
“A Palavra de Deus era o seu segredo: próxima ao seu coração, fez-se depois carne em seu ventre. Permanecendo com Deus, dialogando com Ele em toda circunstância, Maria tornou bela a sua vida. Não a aparência, não aquilo que passa, mas o coração voltado para Deus faz a vida bela”.
Olhem para a cheia de graça
Concluindo suas reflexões, o Papa sugeriu que se olhasse “com alegria para a “cheia de graça”. Peçamos a ela para ajudar-nos a permanecer jovens, dizendo “não” ao pecado, e a viver uma vida bela, dizendo “sim a Deus””. (JSG)
(Da Redação Gaudium Press, com Informações RV)
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