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Capela da Santa Casa de Mauá (SP) tem suas pinturas parcialmente tombadas

Mauá – São Paulo (Terça-feira, 12-12-2017, Gaudium Press) A Capela Cristo Rei, localizada dentro da Santa Casa de Mauá, na cidade do interior paulista, guarda em suas paredes as pinturas muralistas de autoria de Emeric Marcier. No último dia 8 de dezembro, as obras de arte foram tombadas parcialmente pelo bispo Dom Pedro Cipollini.

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Atualmente, a capela abriga 23 afrescos do artista plástico de origem romena, refugiado no Brasil durante a Segunda Guerra Mundial. Algumas dessas obras foram pintadas a óleo, enquanto outras em têmpera.

Os painéis ocupam todas as paredes e o teto da capela, trabalho esse que levou dois anos para ser concluído.

Emeric começou a pintar a capela em 1943 e, no conjunto dos afrescos, ele sempre representou passagens bíblicas, como a ascensão de Jesus Cristo, a Torre de Babel e a divisão do Mar Vermelho.

Hoje, o complexo da Santa Casa é um dos poucos exemplos de lugares com influência da arquitetura gótica na cidade de Mauá, sendo considerado a “Capela Sistina brasileira”. Por mais de 50 anos, a responsabilidade por manter o pequeno local de oração foi, unicamente, da própria instituição responsável pelo cuidado dos mais necessitados.

Há alguns anos, em parceria com o Conselho Municipal do Patrimônio Histórico, a Santa Casa de Mauá iniciou um estudo sobre a melhor forma de proteger o ícone da cidade, uma vez que um tombamento total da capela inviabilizaria a conservação básica de uma construção que se encontra praticamente no coração do hospital.

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“Depois de alguns debates, chegou-se ao consenso de realizar o tombamento parcial, que consiste em proteger as pinturas, o altar, o órgão, o vitral e o jardim da entidade, de forma que permitirá que a manutenção básica dos demais componentes seja possível e constante. Com o tombamento, se abre a possibilidade de buscar recursos e profissionais especializados para a manutenção, restauração e preservação desses importantes ativos culturais”, revelou Harry Horst Walendy, superintendente da Santa Casa, explicando o motivo pelo tombamento parcial concedido às pinturas muralistas de Emeric Marcier. (LMI)

Da redação Gaudium Press, com informações Diocese de Santo André

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