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Universitários japoneses dialogam com Papa Francisco

Cidade do Vaticano (Terça-feira, 19-12-2017, Gaudium Press) Na segunda-feira Papa Francisco manteve um diálogo com universitários japoneses.

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O Papa estava na Biblioteca do Palácio Apostólico, no Vaticano, enquanto os universitários estavam na Universidade Católica Sofia, de Tóquio.

A Universidade Sofia foi fundada pela Companhia de Jesus em 1913. Seu nome em japonês é Jochi daigaku, que literalmente pode ser traduzido como Universidade de Grande Sabedoria.
Esta Universidade Católica é considerada uma das melhores dentre as mais conceituadas do Japão.

A entrevista diálogo

O diálogo aconteceu na forma de perguntas e respostas. Eram 100 perguntas feitas pelos alunos e delas foram escolhidas 8 para serem respondidas pelo Papa.

A temática das perguntas girou em torno dos sentimentos do Papa depois de ser eleito, de como vencer a pobreza e cuidar do meio ambiente, passando também pela opinião de Francisco sobre os objetivos dos estudos universitários.

As alegrias do Papa

Dentre as perguntas feitas ao Papa destacam-se três, a primeira foi sobre o seu pontificado:
“Qual foi a sua maior alegria depois de ter sido eleito Papa?”

O Papa respondeu:
“Não é só uma, eu tenho muitas alegrias. Sobretudo fico muito contente quando posso conversar com as pessoas, quando posso saudá-las, de modo especial as crianças, os anciãos e os doentes”.

Os estudantes perguntaram:
“Qual o principal objetivo dos estudos universitários? “.

Francisco foi claro e amável na resposta e mostrou que compreendia os anseios e preocupações dos jovens. Ele disse aos jovens que não podemos viver a lógica da “meritocracia” de uma sociedade competitiva, correndo o risco de mirar somente na carreira.

Segundo o Papa, “a educação que não procura servir aos outros é uma educação que caminha em direção à falência. É uma educação que não evolui, que olha para si mesma e isto é perigoso. O lema desta universidade é a educação para os outros, uma universidade para os outros, uma universidade de serviço. E esta é uma grande riqueza.”

Preocupações e esperanças para os jovens

A terceira pergunta: “quais são as maiores preocupações e esperanças para os jovens de hoje?”.
O Papa respondeu que sua maior preocupação é quando o jovem “perde a sua raiz e a sua memória” e afirmou “que um jovem sem raiz não consegue se desenvolver”.

Para isso, ele deixou uma solução: “O caminho mais adequado para encontrar as raízes é encorajar os jovens a dialogar com os idosos.”

Outros temas

Além da religião, outros temas foram também abordados. E aí o Papa encontrou ocasião para falar sobre o desmatamento na Amazônia, a pobreza, e a questão do migrante no mundo.

No final, Francisco falou da imagem que ele tem do Japão: um “povo com ideais, com uma profunda capacidade religiosa, um povo trabalhador, um povo que sofreu muito”; um país que enfrenta alguns problemas, como “a excessiva concorrência, a competividade e o consumo”.

Francisco procurou demonstrar seu amor pelo povo do país do Sol Nascente, informou que já foi convidado oficialmente para ir ao Japão, mas que não saberia quando seria possível atender a este convite por causa da agenda já repleta de compromissos anteriores. (JSG)

 

 

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