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Greccio: há oito séculos transmitindo “o coração profundo do presépio”

Itália – Greccio (Sexta-feira, 22-12-2017, Gaudium Press) Visitado ano após ano por milhares de pessoas, sobretudo no tempo do Natal, o presépio de Greccio conta já com cerca de oito séculos de história. Foi aqui que São Francisco de Assis, em uma tarde de inverno do ano de 1223 construiu pela primeira vez a cena do Presépio que hoje se replica em milhões de lares no mundo para preparar o nascimento do Menino Jesus.

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O Padre Stefano Sarro, franciscano do Santuário do Presépio em Greccio, foi entrevistado pelo Serviço de Informação Religiosa (SIR), onde falou sobre o significado do Presépio, que é o sinal do Natal por excelência, a partir da visão franciscana.

“Nós os Irmãos vivemos aqui uma dupla dimensão, porque se é certo que buscamos abrir aos demais, quem vem visitá-lo, um espaço maravilhoso do lugar onde se montou o primeiro presépio, onde o assombro de São Francisco pela Encarnação e o Natal tomou corpo, se fez visível pela primeira vez, é também verdade que tudo implica para nós a disponibilidade de colocar-nos diante deste mistério para deixar-nos fascinar e evangelizar a partir daquilo que o Senhor fez por nós”.

Disse que o exemplo de São Francisco “é muito eloquente”, já que “entra em profundidade nas almas de todos nós: olhando o presépio, nos damos conta que o coração amoroso de Francisco nos interpela continuamente, é assim também sua vida modelada sobre o mistério da Encarnação e a Paixão de Jesus”.

Em São Francisco de Assis, por um lado estão a pobreza e a simplicidade, por outro a caridade e o amor fraterno. O Presépio de Greccio é a explicação de tudo isto”, acrescenta.

Um dos propósitos dos Franciscanos presentes em Greccio é o de “transmitir o coração profundo do presépio (…) buscando fazer entrar em maior profundidade o mistério do Natal, basta fazer compreender o nexo entre a Encarnação e a Eucaristia, que para Francisco é essencial”.

Recorda que o presépio é um sinal que fala de Deus, que quis fazer-se criança para encontrar-se com o homem, “para dar-lhe uma vida bela, mas sobretudo para oferecer-lhe o Paraíso. Deus se fez criança, pequeno, para poder estar perto de ti e encontrar-se: isto significa que Deus não está distante”, concluiu. (EPC)

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