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Na última Missa no Peru, Papa adverte contra a “Síndrome de Jonas”

Lima – Peru (Segunda-feira, 22-01-2018, Gaudium Press) Mais de um milhão de peruanos participaram da última Missa celebrada pela Papa Francisco em território peruano.

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A Missa foi celebrada na Base Aérea de Las Palmas como encerramento de sua 22ª Viagem Apostólica internacional e o comparecimento de fiéis foi, de fato, excepcional.

Cristo Senhor dos Milagres e Homilia

A cerimônia foi sempre presidida pela imagem do “Senhor dos Milagres”, a piedosa e artística imagem do século XVII que ficou intacta após um terremoto que devastou o Peru.

A homilia do Santo Padre foi um apelo para o combate à indiferença em cada comunidade.
Francisco referia-se sobretudo à indiferença para com os necessitados, para com os que não contam com ninguém que os ajude:

Eles “estão nos bordos de nossos caminhos, vão viver às margens de nossas cidades para levar uma vida digna e é doloroso constatar que muitas vezes entre estas “sobras humanas” encontram-se rostos tantas crianças e adolescentes. Encontramos o rosto do futuro”.

Síndrome de Jonas

A reflexão do Papa em sua homilia fala de como a dor e o sofrimento que existem nas grandes cidades podem provocar o que Francisco chamou de “Síndrome de Jonas”, ou seja ter uma reação semelhante à do profeta: fugir e evitar enfrentar essas situações:

“Ao ver estas coisas em nossas cidades, em nossos bairros -locais que poderiam ser espaços para encontro, solidariedade, alegria- acaba provocando o que poderia ser chamado de a síndrome de Jonas: um espaço de fuga e desconfiança. Um espaço para a indiferença, que nos transforma em anônimos e surdos diante dos demais, convertendo-nos em seres impessoais de coração cauterizados e, com esta atitude, machucamos a alma do povo”.

As palavras do Papa foram ditas para todo o povo peruano, porém, mais especialmente, para os cristãos, afim de que não se deixem contaminar pela enfermidade da indiferença.

Não ter medo, ânimo, sejam santos

Antes de encerrar sua homilia antes de deixar o Peru e voltar ao Vaticano, Francisco deixou uma mensagem de ânimo e gratidão.

“Jovens, por favor não se desarraiguem. Avós e anciãos, não deixem de transmitir às jovens gerações as raízes de seu povo e sabedoria do caminho para chegar ao céu. A todos, convido a não ter medo a ser os santos do século XXI”.

(JSG)

 

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