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A Guarda Suíça Pontifícia celebra 512 anos de “Coragem e Fidelidade”

Cidade do Vaticano (Sexta-feira, 26-01-2018, Gaudium Press) A Guarda Suíça Pontifícia está de aniversário. Ela celebra seus 512 anos de fundação.

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O Coronel Cristhoph Graf, Comandante Geral da Guarda Suíça, explicou, durante a celebração se uma missa no domingo, que “A fidelidade é um termo genérico para indicar confiança, respeito, lealdade, consciência, retidão, sinceridade, precisão”. 

Trata-se, disse ele, de “qualidades positivas que distinguem um bom soldado ou um bom guarda”.
E, afirmou Graf, “Coragem e fidelidade” é o lema da Guarda Suíça Pontifícia, que há 500 anos é responsável pela promoção da segurança do Sumo Pontífice.

E o Comandante da Guarda do Papa continua e afirma que “Ser responsável pela segurança do Santo Padre representa para nós suíços um privilégio e nos enche de orgulho. Para responder a esta responsabilidade e desafio, nos sentimos no dever de formar escrupulosamente os guardas para este serviço.

A história da Guarda Suíça Pontifícia mostra claramente o significado do nosso lema “Coragem e fidelidade”.
“Estamos a serviço do Santo Padre e da Igreja Católica há mais de 500 anos.”

Recrutamento e Formação

“A segurança do Santo Padre e da Sua Residência é entregue fielmente, já há séculos, nas mãos dos católicos suíços. Para honrar este privilégio extraordinário, a Guarda presta serviço 24 horas por dia, 365 dias ao ano, responsavelmente, lealmente e fielmente, afirma Bernhard Messmer, encarregado do recrutamento dos Guardas do Papa.

“A formação é dividida em dois meses: o primeiro se desenvolve em Ticino, Isone, na Suíça, com uma formação específica sobre a utilização de armas, um pouco de esporte, introdução ao direito, existe também o treinamento tático, por exemplo, como controlar uma pessoa, como controlar um veículo, a autodefesa, ou seja, como defender-se em caso de agressão. É toda uma primeira parte específica. Sucessivamente os recrutas chegam a Roma. “

O Sargento Guillaume Favre, Instrutor da Guarda Suíça, diz que a formação é composta pelo serviço de honra, quer dizer, o utilizo da alabarda, marcha, como usar o uniforme e, a seguir, temos uma parte sobre o conhecimento das pessoas, o conhecimento dos lugares. É importante para eles que conheçam o Vaticano”.

“Para se alistar na Guarda, o candidato deve satisfazer um certo número de requisitos. Deve ser cidadão suíço, deve pertencer à Igreja Católica, deve ter tido uma formação profissional, e ter “estudado”. Após ter prestado o serviço militar, deve ser solteiro, e ter ao menos 1,74 metros”.

Testemunhos

O Cabo Marco Radovinovic, suboficial, afirma: “Me senti guarda suíço desde o primeiro momento que cheguei em Roma e quando me trouxeram aqui no Vaticano entendi que havia encontrado o meu caminho. O espírito de corpo (…) em nosso tipo de trabalho, em nosso tipo de vida, é importantíssimo, e deve se tornar também uma fraternidade, não somente um (…) militar, mas também uma fraternidade. E isto torna a vida na caserna muito mais fácil.

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Já o Sargento Urs Breitenmoser, responsável pela mídia, esclareceu que “A Guarda Suíça Pontifícia é responsável pela segurança do Santo Padre e da sua residência. A isto se soma a segurança durante a Sede Vacante, período durante o qual o novo Papa é eleito. Somado a isto acompanhamos o Papa nas suas viagens na Itália e ao exterior. Efetuamos controles de segurança nas quatro entradas principais do Vaticano. Ao mesmo tempo desenvolvemos um serviço de honra e de ordem na acolhida de Chefes de Estado e Embaixadores”.

Como testemunho pessoal, o Vice-Cabo Didier Granjean, que é suboficial destacou que “A Guarda Suíça existe desde 1506. É o mais antigo e o menor exército do mundo.” Para ele, “A prestação de juramento de um guarda, em 6 de maio, é sem dúvida alguma, o momento mais importante da sua carreira como Guarda Suíça Pontifícia”:
“Quando cheguei ao Vaticano, mais especificamente na Guarda Suíça, entendi logo ter ingressado em um mundo único e o dia de meu juramento foi um dos momentos mais belos da minha vida. E é a partir daquele momento que me senti completamente integrado neste prestigioso Corpo da Guarda Suíça Pontifícia.”

Os destaques para vida diária e o espírito de corporação de um alabardeiro do Papa são assim expressos pelo Alabardeiro Robin Landolt:
“A camaradagem e a amizade são fundamentais para nós. Durante o tempo livre temos a possibilidade de fazer muitas coisas. Praticamos muito esporte, vamos à biblioteca ou tocamos instrumentos na sala de música, além de ir à academia. Ademais cultivamos belas amizades que nos ajudam a estarmos bem e permanecer motivados, para desempenharmos bem o nosso serviço. A amizade é muito importante e a encontramos na Guarda.”

O Padre Thomas Wid, que é capelão da Guarda Pontifícia, tem uma outra visão que não discrepa dos demais testemunhos, porém, é bem diferente e até lança um convite-desafio:

“Ser guarda é uma aventura. E vale a pena lançar-se nesta aventura. Conhecer Cristo é também uma aventura. Não sabemos onde nos conduzirá, mas uma coisa é certa, que esta é uma magnífica aventura, porque a nossa fé confere à nossa vida uma qualidade única. Organizamos também excursões. Este ano vamos à Terra Santa. O aspecto cultural é importante e neste caso a Itália tem muito a oferecer”.

“Tenho um grande respeito pelo Papa. Sinto que o Espírito Santo age nele e a sua fé me toca profundamente. O fato de poder serviço ao Papa me enche de alegria e de orgulho”.

“A Guarda Suíça Pontifícia é uma escola de vida única. Se tu amas algo fora do comum, se tu queres entrar na história e vivê-la no cotidiano, e se tu te interessas pela Guarda Suíça Pontifícia, una-se a nós.”

“Se queres trabalhar no âmbito da segurança e crescer em um ambiente particular, se tu amas a ordem, a disciplina, a ordem, a flexibilidade, o espírito de sacrifício e a camaradagem, se queres aprender italiano e descobrir a cultura mediterrânea és cordialmente bem-vindo a nós. O fundamental, porém, é a vontade absoluta de servir ao Santo Padre e á Igreja Católica. Se te sentes chamado a isto, não hesite em nos contactar”. (JSG)

 

(Da Redação Gaudium Press, com informaçãos Vatican News)

 

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