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Francisco propõe Virtude da Pobreza e Sacrifício para combater a usura

Cidade do Vaticano (Segunda-feira, 05-02-2018, Gaudium Press) “A usura humilha e mata: é um mal antigo e infelizmente ainda escondido que, como uma serpente, estrangula as vítimas. É preciso preveni-la, subtraindo as pessoas à patologia do débito feito para a subsistência ou para salvar a empresa”.

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Essas foram palavras do Papa Francisco dirigidas aos membros do Conselho Nacional Antiusura da Itália em uma audiência concedida no sábado (03/02) quando o Papa classificou a usura como sendo “pecado grave, que humilha e mata” e afirmou que deseja formar mentalidades para a legalidade e honestidade:

É necessário “formar uma mentalidade voltada à legalidade e à honestidade, nos indivíduos e nas instituições; incrementar a presença de um voluntariado motivado e disponível pelos necessitados, para que eles se sintam ouvidos, aconselhados, orientados, para se reerguerem de sua condição humilhante”, disse Francisco.

Recuperar a Virtude da Pobreza e do Sacrifício

Para combater a realidade da usura, o Pontífice aconselhou um “estilo de vida sóbrio, que saiba distinguir entre o que é supérfluo e aquilo que é necessário” e, além disso, uma responsabilidade para não contrair dívidas para o que pode ser renunciado, o que pode-se abster.

“É importante recuperar as virtudes da pobreza e do sacrifício: da pobreza, para não se tornar escravos das coisas, e do sacrifício, porque da vida não se pode receber tudo”, ensina o Papa.

Pecado Grave

Francisco afirmou ainda que a usura é um “pecado grave”, desrespeita a dignidade humana, é “um veículo de corrupção e cria obstáculo ao bem comum”. Para ele “outra chaga” que existe são os jogos de azar.

No final do Encontro, Francisco pediu a todos que dialogassem com os responsáveis no campo da Economia e Finanças para a criação e desenvolvimento de iniciativas de prevenção à usura.

“Que as pessoas que saíram da usura possam testemunhar que a escuridão dentro do túnel que atravessaram é densa e angustiante, mas existe também uma luz mais forte que pode iluminar e dar conforto”, disse.

Ação do Conselho Antiusura

Na Audiência concedida pela Papa havia por volta de 300 membros do Conselho Nacional Antiusura da Itália.

O Papa recordou que a ação do Conselho que, em 26 anos de serviço, ajudou a salvar do débito e do riso de usura a “mais de 25 mil famílias”.

O Papa classificou o trabalho realizado pelo Conselho Nacional Antiusura da Itália como “fermento precioso” e deixou um apelo final para a instituição de algo como se fosse um novo humanismo econômico para pôr fim à economia de exclusão e iniquidade. (JSG)

 

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