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No Angelus, Papa Francisco pede a Paz e fala da Transfiguração do Senhor

Cidade do Vaticano (Segunda-feira, 26-02-2018, Gaudium Press“Nestes dias meu pensamento tem se voltado reiteradas vezes para a amada e martirizada Síria, onde a guerra se intensificou, especialmente no Ghouta oriental”.

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Com estas palavras o Papa Francisco iniciou o Angelus no domingo, 25/02.
Para, em seguida,continuar:

“Este mês de fevereiro foi um dos mais violentos em sete anos de conflito: centenas, milhares de vítimas civis, crianças, mulheres, anciãos; hospitais foram atingidos, o povo não pode prover alimentos…
Irmãos e irmãs, tudo isso é desumano.

Não se pode combater o mal com outro mal. E a guerra é um mal. Portanto, dirijo meu veemente apelo a fim de que cesse imediatamente a violência, seja dado acesso às ajudas humanitárias – alimento e medicamentos – e os feridos e os doentes sejam retirados.

Peçamos juntos a Deus para que isso se dê imediatamente.”
Após este dramático apelo, seguiu-se um breve momento de silêncio, quando Francisco rezou uma Ave-Maria nessas intenções, sendo acompanhado na oração pelos fiéis e peregrinos reunidos na Praça São Pedro.

Transfiguração de Jesus

Em seguida o Papa ateve-se à liturgia dominical em sua alocução que geralmente precede a recitação da oração mariana do Angelus. Ele comentou o Evangelho deste II Domingo da Quaresma que nos convida a contemplar a transfiguração de Jesus.

O Pontífice afirmou, então, que o episódio da transfiguração deve ser relacionado com o que acontecera seis dias antes, quando Jesus tinha revelado aos seus discípulos que em Jerusalém deveria “sofrer muito e ser rejeitado pelos anciãos, pelos chefes dos sacerdotes e pelos escribas, ser morto e, após três dias, ressurgir” (Mc 8,31).

Este anúncio de Jesus havia colocado em crise Pedro e os discípulos, que rechaçavam a ideia de que Jesus ser rejeitado pelos chefes do povo e depois morto.

Transfiguração: uma aparição pascal antecipada

O Santo Padre narrou que São Pedro e os discípulos esperavam um Messias poderoso, forte, dominador, ao invés disso, Jesus se apresenta como humilde, manso, servo de Deus, servo dos homens, que deverá dar a sua vida em sacrifício, passando pelo caminho da perseguição, do sofrimento e da morte.

O Papa, então reflexiona:
“Como seguir um Mestre e Messias cuja vicissitude terrena se concluiria daquele modo? Assim pensavam eles… E a resposta chega justamente da transfiguração. O que é a transfiguração de Jesus? É uma aparição pascal antecipada.”

Paixão de Cristo, um dom de amor

A transfiguração ajuda os discípulos, e também nós, a entender que a paixão de Cristo é um mistério de sofrimento, mas é, sobretudo, um dom de amor, de amor infinito da parte de Jesus. O evento de Jesus que se transfigura no monte nos faz compreender melhor também a sua ressurreição, continuou Francisco.

“Para entender o mistério da Cruz é necessário saber antecipadamente que Aquele que sofre e que é glorificado não é somente um homem, mas é o Filho de Deus, que com seu amor fiel até a morte nos salvou. O Pai renova assim sua declaração messiânica sobre o Filho, já feita às margens do Jordão após o batismo, e exorta: ‘Escutai-o!’

A divindade de Jesus manifesta-se na Cruz

Os discípulos são chamados a seguir o Mestre com confiança, continuou o Papa, com esperança, apesar da sua morte, diz Francisco para encerrar sua reflexão.

A divindade de Jesus deve manifestar-se propriamente na cruz, propriamente em seu modo morrer: “daquele modo”.
E é por isso que o evangelista Marcos coloca na boca do centurião uma profissão de fé: “Verdadeiramente este homem era Filho de Deus!” (JSG)

(Da Redação Gaudium Press, com Informação Vatican News)

 

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