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Igreja na Índia se pronuncia contra a eutanásia passiva e ativa

Índia – Nova Delhi (Segunda-feira, 12-03-2018, Gaudium Press) A Conferência Episcopal da Índia emitiu um comunicado assinado pelo Secretário Nacional do Departamento de Justiça, Paz e Desenvolvimento, Padre Stephen Fernandes, na qual rejeita “toda proposta inerente à eutanásia, tanto passiva como ativa”. Desta maneira, os Bispos responderam à decisão da Corte Suprema da Índia que declarou legal à interrupção do tratamento de enfermos terminais, o que constitui uma forma de eutanásia passiva.

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A Igreja recordou que é moralmente inaceitável pôr fim à vida de uma pessoa inocente através da ação ou a omissão. “Ninguém tem direito de pedir este ato de homicídio para nós mesmos ou para aqueles que estão confiados aos nossos cuidados”, indicaram os prelados. A Conferência Episcopal recordou que a doutrina católica rejeita a ferocidade terapêutica, mas recomenda cuidados paliativos como uma forma digna de atenção aos pacientes no final de suas vidas.

“Até agora, na Índia, a sacralidade da vida se colocava em primeiro lugar. O direito à vida, tal como se afirma no artigo 21 da Constituição indiana, não inclui entre suas finalidades o direito de morrer”, expressaram os prelados. “Tirar a vida de uma pessoa inocente jamais é um ato moral”. Além disso, alertaram que “legalizar a eutanásia colocará em risco a vida das pessoas vulneráveis, incluindo aquelas que acreditam que alguns estariam melhores mortas”.

Depois de recordar as diretrizes expressadas no Catecismo da Igreja Católica sobre o que constitui um tratamento oferecido aos enfermos, os Bispos da Índia destacaram a importância dos cuidados paliativos. “Um melhor acesso a cuidados paliativos de alta qualidade, um melhor apoio aos profissionais da saúde e uma melhor assistência no final da vida serão garantia de uma verdadeira sociedade, realmente compassiva”, concluíram. “A marca de uma boa sociedade é sua própria capacidade e disponibilidade para ocupar-se daqueles que são mais vulneráveis”. (EPC)

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