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Arcebispo de São Paulo afirma que “a Quaresma nos chama à conversão”

São Paulo (Terça-feira, 13-03-2018, Gaudium Press) “A Quaresma nos chama à conversão e isso significa, acima de tudo, que nos voltemos para Deus, acolhamos sua presença entre nós e em nossa vida pessoal, sigamos seus caminhos e seus mandamentos”, escreve o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, em seu mais recente artigo, intitulado “Quaresma e Sínodo Arquidiocesano: conversão pastoral e missionária”.

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No texto publicado no folheto “O Povo de Deus em São Paulo”, nesta terça-feira, 13 de março, Dom Odilo lembra que o período quaresmal, além de ser uma “conversão na fé”, também deve ser “uma conversão na prática de nossa vida, que deve ser mais e mais coerente com o Evangelho de Cristo”.

“O trecho do Evangelho lido hoje (13 de março) nos fala da conversa de Jesus com Nicodemos, que procurou Jesus de noite, ainda na escuridão. Mas ele já desejava a luz e reconheceu em Jesus essa luz. A pedagogia de Jesus, pouco a pouco, o conduziu ‘das trevas para a luz’. Jesus o convidou a ‘nascer de novo’, a ser uma pessoa nova… Isso indica o significado profundo da conversão, mediante a adesão a Cristo e ao Evangelho do Reino de Deus”, afirma o purpurado.

O Arcebispo explica ainda que durante a Quaresma, a cada ano, nós devemos fazer o caminho pedagógico da passagem das trevas do mal, do pecado, da vida longe de Deus, fora dos caminhos do Evangelho, a fim de alcançarmos a luz verdadeira, que é Nosso Senhor Jesus Cristo.

“Na noite da Páscoa, proclamamos essa ‘luz nova’, acendendo o círio pascal e anunciando sua ressurreição. E nós também acenderemos nossas velas nessa luz nova e renovaremos as promessas do nosso Batismo, em sinal de nossa adesão a Cristo e à vida nova, como convém aos cristãos”.

Enquanto isso, prosseguiu Dom Odilo, “nossa Arquidiocese vai fazendo o sínodo, que também é um ‘caminho de conversão'”. “Nas paróquias e comunidades acontecem reuniões de grupos, para uma renovada consciência sobre a vida e a missão da Igreja, que se realiza (ou não se realiza…) nas comunidades concretas de nossa Arquidiocese”.

Para o purpurado, “a conversão passa por uma tomada de consciência, por um ‘olhar-se no espelho'”, pois “além de nos darmos conta de muita coisa boa, pode ser que tomemos consciência de que muita coisa ainda não acontece, ou acontece menos bem e precisa ser mudada ou melhorada”. E para isso, “requer uma ‘conversão pastoral’, uma adequação do jeito de fazer e, sobretudo, do ânimo e da motivação com que fazemos as coisas”.

Nesse sentido, Dom Odilo menciona a Conferência de Aparecida, realizada em 2007, quando os bispos afirmaram “que já não podemos fazer apenas uma ‘pastoral de conservação’, repetindo as coisas do mesmo jeito de sempre, sem levar em conta que as coisas mudaram e vão mudando ao nosso redor…”.

“O Papa Francisco pediu a toda a Igreja uma verdadeira ‘conversão missionária’, com o olhar voltado ‘para fora’, para o vasto campo missionário. Pediu a conversão para uma ‘Igreja em saída missionária’, uma ‘Igreja em estado de missão'”, ressalta.

No final do texto, Dom Odilo deseja que a Quaresma “nos ajude a recobrar novas motivações e um novo dinamismos pastoral e evangelizador”. (LMI)

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