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Número de Confrades na Espanha triplicou nas últimas duas décadas

Espanha – Madri (Quarta-feira, 28-03-2018, Gaudium Press) Um relatório da revista espanhola ‘Vida Nueva’ relata o notável crescimento das Confrarias na Espanha, que triplicaram o número de seus membros nos últimos 20 anos. O início da Semana Santa e as tradições com as quais as comunidades locais fomentam a devoção tornam notório a atração cada vez maior que essas devoções têm para os fiéis na atualidade.

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“Fechamos 2017 com 13.841 Confrades e, atualmente, já temos 14.274. Nosso crescimento é grande, tendo em conta que os inscritos têm que unir os centenas de milhares de devotos”, relatou o Irmão Maior da Confraria da Macarena Hispalense, José Antonio Fernández Cabrero. Em Sevilha, o número de Confrades passou de 100 mil em 1998 para 215 mil na atualidade, apesar que a adesão implica um custo de uma cota anual e um investimento de entre 350 a 900 euros nos diferentes trajes e ornamentos empregados durante a Semana Santa.

Questionado sobre o número nacional de Confrades, o Delegado de Confrarias e Irmandades da Diocese de Calahora e La Calzada-Logroño, Fermín Labarga afirmou: “Provavelmente sejam muito mais do que três milhões em todo o país, com um crescimento significativo nos últimos anos em regiões onde se havia perdido a tradição, como o País Basco e a Catalunha”.

Prelados como o Bispo de Córdoba, Dom Demetrio Fernández, aproveitaram o interesse que Irmandades e Confrarias suscitam para promover a devoção e um maior testemunho da Fé. “Estamos criando uma consciência de identidade eclesial. A Confraria nasce na Igreja, não na prefeitura ou na diretoria”, declarou o Bispo à ‘Vida Nueva’. “Em todos os nossos encontros, insisto em três conceitos: a necessidade de fortalecer a identidade cristã, promover a formação catequética e desenvolver a caridade”.

“O substrato está em todas as casas. Em todas as famílias há ao menos uma pessoa diretamente envolvida na Semana Santa”, expôs Dom Fernandez, que alertou que esta participação é alheia às preferências e afiliações políticas locais, algumas das quais inclusive tem estipulado proibições de participação em atos religiosos. “No entanto, no palco de autoridades das procissões estão todos, porque sabem que a força e o peso das Confrarias é maior do que qualquer ideologia”. (EPC)

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