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A Via-Sacra nos conduz à vergonha, ao arrependimento e à esperança diante do Senhor

Cidade do Vaticano (Segunda-feira, 02-04-2018, Gaudium Press) Ainda na Sexta-feira Santa, o Papa Francisco presidiu a meditação das XIV Estações da Via-Sacra.

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A cerimônia foi realizada diante do Coliseu de Roma e, apesar da chuva, contou com a participação de cerca de 20 mil fiéis e peregrinos.

Este ano as meditações da Via-Sacra foram escritas por um grupo de 15 estudantes de Roma, representando a juventude de todo o mundo inteiro que se prepara para o próximo Sínodo dos Bispos, em outubro, que tratará sobre os Jovens.

Apesar de tantos dramas, foi de esperança a mensagem do Santo Padre para este Domingo de Páscoa.

Vergonha, arrependimento, esperança

Encerradas as meditações das XIV estações, o Papa Francisco pronunciou uma oração que indicava o modo de como devemos olhar para Jesus: com vergonha, arrependimento e esperança.

Francisco disse que esta foi a atitude do Bom Ladrão, que conquistou o Paraíso com seu olhar orante a Jesus crucificado: “Hoje mesmo estarás comigo no Paraíso”.

Vergonha, por termos perdido a vergonha! Arrependimento, pela certeza da nossa salvação! Esperança, porque da Cruz provém a Ressurreição!

“Senhor Jesus, a vós dirigimos o nosso olhar cheio de vergonha, de arrependimento e de esperança. Diante do vosso amor supremo, que a vergonha nos invada por vos ter deixado só, sofrendo pelos nossos pecados. Vergonha, por termos escolhido Barrabás, o poder, o mundanismo e não a Vós; vergonha, porque tantas pessoas, inclusive alguns dos vossos ministros, deixaram-se levar pela ambição e vanglória; vergonha, por deixarmos aos jovens um mundo dilacerado e dividido, devorado pelas guerras, pelo egoísmo, pela marginalização. Enfim, vergonha por termos perdido a vergonha. Senhor, dai-nos sempre a graça da santa vergonha!”

Diante do Crucificado, o Bom Ladrão expressou seu profundo arrependimento, mas também a esperança de uma vida melhor no Paraíso, sublinhou o Pontífice.

A mensagem de esperança de Jesus continua ainda hoje a inspirar tantas pessoas e povos, a vencer o mal e a maldade, a perdoar e abater rancores e vinganças, dissipando hostilidades e temores, a iluminar as trevas:

“Esperança, porque o vosso sacrifício continua, ainda hoje, a exalar o perfume do amor divino, que acaricia os corações de tantos jovens, que ainda vos consagram as suas vidas, tornando-se exemplos vivos de caridade e gratuidade neste nosso mundo devorado pela lógica da exploração e do ganho fácil; esperança, porque tantos missionários e missionárias continuam a arriscar suas vidas para servir-vos nos pobres, nos descartados, nos imigrados, nos invisíveis, nos explorados, nos famintos e nos encarcerados; esperança, porque a vossa Igreja continua a iluminar, encorajar, aliviar e dar testemunho do vosso amor incomensurável”.

Encerrando sua oração afirmou que “a santa esperança nasce da cruz e da Ressurreição; elas nos ensinam que o amor de Jesus é a nossa esperança!” Senhor Jesus, livrai-nos da arrogância!

“Senhor Jesus, dai-nos sempre a graça da santa esperança!” (JSG)

 

 

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