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O encontro do Papa com as crianças da Paróquia São Paulo da Cruz

Roma (Segunda-feira, 16-04-2018, Gaudium Press) Na tarde de domingo, o Papa Francisco saiu do Vaticano e foi até ao bairro Corviale, sul de Roma, para visitar a Paróquia de São Paulo da Cruz. Esta que foi sua décima sexta visita a uma paróquia romana.

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Antes de celebrar a Missa com os paroquianos, Francisco respondeu às perguntas de algumas crianças e encontrou os idosos. Sua homilia não foi preparada, mas proferida de forma improvisada.

De fato, quem assistiu o encontro do Papa Francisco com as crianças da catequese da Paróquia de São Paulo da Cruz em Corviale ficou comovido.

O Papa respondia perguntas dos alunos do catecismo, porém a um deles parecia impossível fazer a pergunta que tinha para fazer.
Ele estava envergonhado, parecia incapaz de perguntar e até de dizer algo.

Mas logo todos entenderam que o que ele tinha para perguntar ao Papa era uma questão muito difícil de responder:
“Faz pouco tempo que meu pai já não está entre nós. Ele era ateu, mas batizou seus quatro filhos. Para mim, era um bom homem. Meu pai está no Céu?”.

Vendo que o jovenzinho estava incapacitado de fazer a pergunta, Francisco lhe propôs fazê-la bem próximo dele, em seu ouvido.

Pequeno diálogo

– Venha, venha…venha! disse Francisco.
– Não posso… Foi a resposta do menino Emanuel.
– Vem aqui comigo. Vem até aqui e me diga ao ouvido… Diga-me ao ouvido.

Depois de um pequeno diálogo com o menino, o Papa lhe perguntou se podia responder de público sua pergunta.
E o menino disse que sim…

Resposta do Papa

“Que bom seria se todos pudéssemos chorar como Emanuel quando tenhamos uma dor como a que ele tem em seu coração.
Ele chorava por causa de seu Pai e teve a dignidade de fazer isto diante de todos nós, porque em eu coração existe amor pelo Pai.

Eu pedi licença a Emanuel para expressar de público sua pergunta ele me disse que sim.
‘Faz pouco tempo que meu pai morreu. Ele era atéu, mas batizou seus quatro filhos. Era um bom homem. Ele está no céu?

Que bonito que um filho diga de seu pai: ‘Era bom’.

Um belo exemplo deu esse homem a seus filhos, para que eles possam dizer: ‘Era um homem bom’. É um belo exemplo o do filho que herdou a força do pai e que, também, teve o valor de chorar diante de todos nós. Se esse homem foi capaz de fazer assim, é certo que era um homem bom.

Esse homem não tinha o dom da Fé, não era crente, mas batizou seus filhos. Tinha bom coração. E o filho tem a dúvida se o pai, por não ter sido crente, não esteja no Céu.

Quem diz que vai ao Céu é Deus.

Perguntas

E como é o coração de Deus diante de um pai assim? Como é? Que lhes parece? Um coração de pai. Deus tem um coração de Pai. E diante pai não crente pá que foi capaz de batizar seus filhos e de transmitir lhes essa bondade aos filhos…

“Será que Deus seria capaz de deixá-lo longe d’Ele? Pensam assim?”. Deus abandona seus filhos? Deus abandona seus filhos quando são bons?”

Perguntou Francisco aos pequenos jovens que o ouviam, recebendo deles sempre a mesma resposta: Não…

Foi, então que voltando-se para Emanuel, Francisco lhe disse:

“Aqui tens a resposta, Emanuel. Deus seguramente tinha seu pai em muita conta, pois, é mais fácil, sendo crente, batizar os filhos, que batizá-los sendo um não crente.

Deus certamente gostou do que seu pai fez… Fale com teu pai, reze por teu pai.
E obrigado por sua valentia, Emanuel”. (JSG)

 

 

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