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Bispos argentinos defendem o ensino religioso nas escolas

Argentina – Tucumán (Quinta-feira, 19-04-2018, Gaudium Press) Sob o título “Escola um lugar para todos”, os Bispos da província de Tucumán na Argentina, tornaram público um comunicado no qual defendem o ensino religioso nas escolas. Isto ocorre por causa de alguns pais tucumanos que recentemente apresentaram um amparo à justiça local para que se deixe de ensinar a religião nas escolas públicas da região.

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Na missiva -que está assinada por Dom Carlos Alberto Sánchez, Arcebispo de Tucumán; Dom José María Rossi, OP, Bispo de Concepción; e Dom Demetrio Jiménez, OSA, Bispo de Cafayete-, os prelados recordam que “o ensinamento religioso nas escolas têm suas raízes em nossa constituição provincial”.

Assinalam, por sua vez, que a prática da educação religiosa na província “deu tantíssimos frutos de inclusão e integração entre diversas religiões”, e que, inclusive, entre os pais que não desejam educação religiosa, “se conseguiu, muitas vezes, construir uma proposta válida de ensinamento ao redor dos valores”.

Os Bispos da província de Tucumán também indicam que os docentes de religião que trabalham no estado, “tem todos a capacitação e a profissionalização creditada ante as autoridades provinciais conforme as normas que regem para todo docente”.

No comunicado os prelados enfatizam que o povo tucumano, e em geral o argentino, “compreende cada ser humano como um ser aberto à transcendência”, e portanto esta abertura ao transcendente “não é vivida somente como uma consciência individual e privada, mas antes de tudo como uma experiência popular”.

Por esta razão, os prelados manifestam: “Uma educação integral deve compreender o desenvolvimento destes aspectos que fazem a nossa cultura”.

Na missiva, os Bispos de Tucumán apresentam uma proposta convidando ao diálogo: “Nos parece muito importante destacar que o que devemos debater é a visão de uma escola que nos inclua a todos, por isso desejamos abrir um espaço de diálogo com as pessoas interessadas”.

“Como comunidade católica estamos dispostos a oferecer nossos melhores esforços em prol deste ideal de convivência, de tal modo que assim como não devemos impôr, tampouco devemos eliminar uma proposta que é vivida como um bem para todos”, concluem no comunicado.

Os pais de família que pedem que se deixe de ensinar a religião, dizem que “Tucumán é a única província do país na qual se ensina a religião católica apostólica romana nas escolas públicas” e que, portanto, “é uma medida discriminatória e inconstitucional, porque não se respeita a liberdade de culto”, segundo palavras de Lita Alberstein, uma das impulsionadoras deste amparo, que é citada pelo jornal ‘La Nación’. (EPC)

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