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“Desejar o céu é um gosto adquirido”, afirma Bispo de Phoenix, EUA

Estados Unidos – Phoenix (Quinta-feira, 19-04-2018, Gaudium Press) O Bispo de Phoenix, Estados Unidos, Dom Thomas Olmsted, deu início a uma série de artigos sobre as últimas realidades que ensina a doutrina cristã e dedicou o primeiro desses ao Céu. O prelado recomendou aos fiéis a meditação sobre a morte e a eternidade que apesar de “poder ser preocupante e até aterradora”, é uma forma de “bem levar-nos a viver vidas cristãs mais fiéis e comprometidas”.

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Sobre estas realidades finais, conhecidas tradicionalmente como os “novíssimos”, o Bispo afirmou que, “como seguidores de Cristo, chegamos a vê-las como parte da verdadeiramente real e profundamente significativa vida com Deus que se estende além do sepulcro”. O fiel não pode entender completamente a vida sem reconhecer estes destinos, os quais se refletem o amor, a misericórdia e a justiça de Deus.

“Através do mistério Pascal de Seu sofrimento, morte e Ressurreição, Jesus destruiu o poder da morte e abriu as portas do Céu. A Ressurreição de Jesus mostra definitivamente que este mundo não é tudo o que existe”, ensinou Dom Olmsted. “Deus está fazendo algo maior do que tínhamos imaginado ou acreditado ser possível. Começamos a ver este mundo como um lugar de crescimento e transformação para algo mais alto, mais permanente e magnífico”.

Para descrever ou definir o que é o Céu, o Bispo recordou que é um lugar difícil de descrever sobre o qual a maioria das pessoas constroem uma noção baseada nas sensações terrenas. “O Céu é aos poucos considerado como um paraíso projetado pessoalmente onde seremos felizes em nossos próprios termos. Mas isso não é o Céu”, advertiu. “A felicidade do Céu não se pode comparar com noções terrenas”.

“O Céu é o Reino de Deus em toda sua plenitude, e seus valores e qualidades são numerosos mas incluem muitas coisas que não são imediatamente desejáveis aos que vivem com corações e mentes que são mundanos e pecaminosos”, explicou. No lugar da satisfação de desejos mundanos como o dinheiro, o prazer, o poder, a fama, a saúde ou a segurança, o que verdadeiramente oferece o Céu é o encontro face a face com Deus. “Assim, o homem, feito a imagem e semelhança de Deus, é projetado para o cumprimento e a definitiva felicidade que somente se pode encontrar com Deus para sempre, e estar na beleza de Sua presença e verdade”.

Por esse motivo, o cristão deve entreter-se para amar e desejar o céu, que é amar e desejar a Deus. E esse trabalho de ensino é realizado por Cristo através da Igreja. “Aprender a desejar e amar o Céu pode ser bastante difícil. Isto é porque vivemos em um mundo que está completamente de ponta cabeça, um mundo que não é rico no que importa para Deus, um mundo que está obcecado com as coisas triviais que passam e coloca pouca atenção às coisas celestiais e eternas”, se lamentou o Bispo. “Portanto, desejar e amar o Céu significa estar disposto a ir contra as prioridades e preocupações do mundo”.

“Como podemos começar a aprender a amar o Céu enquanto ainda estamos vivendo nesta vida terrena?”, se perguntou o prelado. “Uma das muitas maneiras que é oferecida a nós é participar com Fé e devoção do Santo Sacrifício da Missa. Cada Missa é uma grande antecipação do Céu. Quando entramos em uma igreja, estamos rodeados de imagens de anjos e santos, com Cristo no centro no tabernáculo. Quando tomamos parte na Sagrada Liturgia, há velas, incenso, o altar, hinos que se cantam, o Sanctus, o livro dos Evangelhos, as posturas de joelhos ou de pé diante do Senhor – todos esses detalhes estão contidos e se descrevem na liturgia celestial do Livro do Apocalipse”.

O prelado motivou a alegrar-se na Ressurreição do Senhor e a fomentar e orar por um desejo mais profundo de encontrá-lo no Céu. Este trabalho é essencial para a vida cristã e prepara o fiel para o momento da morte. “Nesse momento, nossa opção pelo Reino de Deus (pelo Céu) ou por outra coisa se fixará firmemente”, concluiu. “Mantenhamos nossos olhos fixos em Cristo”. (EPC)

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