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“França necessita da Igreja católica”, disse o presidente Macron

Paris – França (Sexta-feira, 28-04-2018, Gaudium Press) O presidente francês Emmanuel Macron, afirmou que a França necessita da valiosa ajuda da Igreja Católica na sociedade e destacou a necessidade de separar o “vínculo” entre a Igreja e o Estado.

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Macron encontrou-se com os bispos da Conferência Episcopal Francesa no College des Bernandins, onde disse que com sua presença “desafiamos os céticos de ambos os lados. Se estamos aqui é sem dúvida porque compartimos um sentimento confuso de que o vínculo entre a Igreja e o Estado se deteriorou e que é importante repará-lo”.
E “para fazer este reparo, não existe outro meio que um diálogo em verdade”, afirmou.

Além disso o Presidente francês disse que “este diálogo é indispensável e se tivesse que resumir meu ponto de vista, diria que uma Igreja que pretenda desinteressar-se dos assuntos temporais não cumpriria sua vocação; e Presidente da República que pretenda desinteressar-se da Igreja e dos católicos faltaria com seu dever”.

Macron recordou Arnaud Beltrame, o policial católico assassinado por um terrorista em 24 de março depois de oferecer-se em troca de um refém.

O Presidente disse estar “convencido de que os laços mais indestrutíveis entre a nação francesa e o catolicismo se forjaram nestes momentos onde se verificou o valor real de seus homens e mulheres”.

“A França foi fortalecida pelo compromisso dos católicos”, assegurou o presidente, que recordou Santa Juana d’ Arc e o padre Jacques Hamel, assassinado por um terrorista do Estado Islâmico quando celebrava missa em Rouen em julho de 2016.

“Ao dizer isto, não me equívoco. Se os católicos quiseram servir para que a França cresça, se aceitaram morrer, não foi somente por seus ideais humanistas, nem só por uma moral judeu cristã secularizada. Foi também porque foram alentados por suja fé em Deus e por sua prática religiosa”, afirmou.

Macron disse que não pretende eleger um “credo republicano”, mas sublinhou “cegar me voluntariamente à dimensão espiritual que os católicos aplicam em sua vida moral, intelectual, familiar, profissional, social, seria condenar me a ter uma visão parcial da França;seria desconhecer o país, sua história, seus cidadãos e, gerando a indiferença, destruiria minha missão”.

Macron reiterou que seu discurso “não se trata de uma conversão”, mas de uma voz como outras que quer ressaltar o espiritual, “que ousa alentar a intensidade de una esperança que, as vezes, nos faz tocar este mistério da humanidade que se chama santidade, da qual o Papa Francisco disse que é ‘o rosto mais bonito da Igreja'”. (JSG)

 

 

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